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Capital

Prefeitura nega colônia de escorpiões e diz que animais são "coleção" de morador

Homem recolheu quase 100 exemplares ao longo de meses em diversos pontos da o bairro

Por Gabi Cenciarelli | 31/10/2025 16:11
Prefeitura nega colônia de escorpiões e diz que animais são "coleção" de morador
Marcia relata que presença de escorpiões é comum nesta época do ano (Foto: Osmar Veiga)

Após a repercussão do vídeo que mostrava quase 100 escorpiões sobre um papel toalha, a Prefeitura de Campo Grande esclareceu que os animais não foram encontrados de uma só vez em uma única casa, como publicado nas redes da instituição. Segundo a GCZ (Gerência de Controle de Zoonoses), o morador havia guardado os animais mortos ao longo de cerca de seis meses, recolhidos em diferentes pontos da vizinhança, e apresentou o material durante vistoria no Bairro São Jorge da Lagoa.

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A Prefeitura de Campo Grande esclareceu que o vídeo viral mostrando cerca de 100 escorpiões foi uma compilação de animais coletados ao longo de seis meses por um morador do Bairro São Jorge da Lagoa, e não uma única ocorrência. Durante vistoria oficial, apenas dois escorpiões vivos foram encontrados. Moradores do bairro relatam frequentes aparições dos aracnídeos, atribuindo o problema a terrenos baldios e casas abandonadas. A Gerência de Controle de Zoonoses recomenda medidas preventivas como manter quintais limpos, vedar portas e ralos, e orienta que a população acione o órgão pelos telefones (67) 3313-5000 ou 2020-1796 ao encontrar escorpiões.

Durante a inspeção, a equipe encontrou apenas dois escorpiões vivos, mas o caso acendeu um alerta sobre o risco constante desses animais na região. No bairro, o cenário de terrenos baldios, casas abandonadas e mato alto preocupa quem vive ali e reforça o medo de novas aparições.

“Tem sim, todo ano aparece. Esses dias foi um rato, mas o escorpião também aparece direto”, contou Lúcia Rocha Pereira, de 73 anos, moradora há três décadas. Ela foi picada dentro de casa e chegou a perder a unha do pé. “Parecia que o coração ia explodir de tanta dor”, lembra. Desde então, adota uma rotina rigorosa de limpeza. “Veneno comum não mata escorpião. Eu jogo Qboa pura nos ralos e nas caixas de esgoto; é o que ajuda. Até depois da faxina, gasto litros de Qboa.”

A vizinha Fátima Garrido, de 63 anos, confirma que as aparições são frequentes. “Meu filho achou um escorpião na cozinha esta semana e guardou num vidro. A gente fica apavorado. Tem vizinha que achou um enrolado na toalha depois do banho”, contou. Para ela, o que mais preocupa é o abandono ao redor. “Tem muito mato e sujeira. A gente limpa, mas o vizinho não, e aí não vence.”

Na mesma rua, Márcia Aparecida Silva Costa, de 51 anos, aponta para uma casa vazia ao lado. “É cheia de lixo e mato. Tenho dois filhos adolescentes e uma netinha, então o medo é constante. A gente cuida, mas cada um precisa fazer sua parte.”

A primeira matéria publicada pelo Campo Grande News relatava o caso com base nas informações divulgadas pela própria GCZ, que usava o vídeo como alerta de prevenção. O órgão reforça que, ao encontrar um escorpião, vivo ou morto, o morador deve acionar a equipe pelos telefones (67) 3313-5000 ou 2020-1796 (WhatsApp) para identificação e orientações seguras.

Prefeitura nega colônia de escorpiões e diz que animais são "coleção" de morador
Terreno tomado pelo mato preocupa moradores do São Jorge da Lagoa (Foto: Osmar Veiga)

Como evitar infestações - A GCZ reforça que a prevenção depende de um conjunto de ações simples, mas eficazes: manter o quintal limpo, remover entulhos, madeiras e lixo, aparar a vegetação e controlar as baratas, principal alimento dos escorpiões.

Além disso, é importante criar barreiras físicas para impedir a entrada dos animais:

  • Vedar portas e janelas, instalando vedadores de borracha nas soleiras;

  • Usar telas metálicas ou dispositivos “abre-e-fecha” nos ralos de banheiros, pias e tanques, já que o esgoto é uma das principais rotas de acesso;

  • Fechar frestas e rachaduras em paredes, rodapés e forros, que servem de esconderijo;

  • Manter caixas de gordura e de esgoto sempre bem tampadas e vedadas;

  • Sacudir sapatos e roupas antes de usar, especialmente as que ficam guardadas em locais escuros e úmidos.

O órgão orienta ainda que ninguém tente eliminar o animal por conta própria. A identificação da espécie é essencial para avaliar o risco e orientar o atendimento adequado. O atendimento é feito pelos telefones (67) 3313-5000 e 2020-1796 (WhatsApp).

Prefeitura nega colônia de escorpiões e diz que animais são "coleção" de morador
Região tem casas abandonadas e acúmulo de lixo, cenário ideal para escorpiões (Foto: Osmar Veiga)

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