Preso em MS, “Fantasma” passará por audiência em ação por falsidade ideológica
Boliviano terá que responder no Brasil por ter comprado documento de RG a R$ 24,5 mil, em Belém do Pará
Preso com documentos de identificação falsos, o narcotraficante boliviano Jorge Adalid Granier Ruiz, 43 anos, conhecido na Argentina como “Fantasma”, “Chuleta” ou “Nono”, terá que passar por audiência virtual de instrução e julgamento no dia 16 de maio deste ano, às 14h20 (horário local).
Ele está detido na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I, em Campo Grande e antes de ser extraditado para a Argentina, irá responder pelo crime de falsidade ideológica no Brasil.
A decisão proferida pelo juiz da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Bruno Cezar da Cunha Teixeira, foi publicada no dia 12 de abril. Ele acatou a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) e da PF (Polícia Federal) que pode dar ao boliviano reclusão de dois a seis anos pelo crime, além de multa.
Pertencente à lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), o narcotraficante foi detido no dia 28 de março, durante uma abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no posto policial de Jaraguari, a 44 km de Campo Grande.
No momento da entrevista com os policiais rodoviários federais, ele apresentou identidades falsas com nome de Jorge Mendez Ardaya. Os documentos eram de duas nacionalidades diferentes: brasileira e boliviana.
Na audiência de custódia, o narcotraficante confirmou que comprou a identidade brasileira em Belém (PA) por U$ 5 mil, o equivalente a R$ 24.550 na cotação deste sábado. Jorge também afirmou que providenciou os documentos falsos por saber do mandado de prisão em aberto contra ele, na Argentina.