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Capital

Promotor "vira" lei para prevenção e socorro após quase morrer engasgado

Tratativa sancionada hoje busca promover campanhas e capacitar profissionais sobre a Manobra de Heimlich

Por Gustavo Bonotto | 27/11/2024 23:18
A prefeita Adriane Lopes (PP) ao lado do promotor de Justiça Fernando Esgaib e do vereador Roberto Santana dos Santos, o "Betinho" (Republicanos). (Foto: Reprodução/Instagram)
A prefeita Adriane Lopes (PP) ao lado do promotor de Justiça Fernando Esgaib e do vereador Roberto Santana dos Santos, o "Betinho" (Republicanos). (Foto: Reprodução/Instagram)

A Prefeitura de Campo Grande sancionou, nesta quarta-feira (27), a Lei nº 11.418/24, que institui o Programa de Conscientização, Prevenção e Primeiros Socorros para casos de obstrução de vias aéreas por corpo estranho. A ideia para a criação da lei surgiu a partir de uma experiência pessoal do promotor de Justiça, Fernando Esgaib, que quase morreu após se engasgar em um evento.

Felizmente, uma médica presente no local conseguiu realizar a manobra de Heimlich, salvando a vida do profissional. Com isso, Esgaib se engajou na busca por uma solução legal para prevenir mortes por engasgamento e disseminar o conhecimento necessário para lidar com emergências desse tipo.

Conforme o texto assinado pela prefeita Adriane Lopes (PP), a tratativa busca promover campanhas educativas e capacitar profissionais da saúde e da educação, além de orientar a comunidade escolar e estabelecimentos sobre técnicas de primeiros socorros para situações de engasgo.

"O objetivo é reduzir os riscos de mortes acidentais, como as que ocorreram em festas e outros eventos sociais, quando vítimas de engasgo não tiveram apoio adequado", discorreu a prefeita.

Além disso, a lei determina que estabelecimentos como bares e restaurantes fixem cartazes explicativos sobre as manobras de desobstrução de vias aéreas. A norma também autoriza o uso de dispositivos desengasgadores, equipamentos simples e acessíveis que podem ser vitais em casos de emergência.

Alerta - Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a aspiração de corpo estranho ocorre com mais frequência em crianças entre 1 e 3 anos de idade. Mais de 50% dos casos acontecem com crianças menores de 4 anos, e 94% antes dos 7 anos.

Até os três anos, as crianças não têm controle pleno da mastigação e deglutição por não possuírem dentes molares, fundamentais para triturar alimentos sólidos. Alimentos como amendoim, feijão, pipoca e milho representam riscos, pois crianças nessa faixa etária tendem a engolir sem mastigar adequadamente.

Qualquer distração, risada ou susto pode levar a um acidente, agravado pelo hábito infantil de levar objetos à boca. Quando ocorre aspiração, os principais sinais são crises de tosse e engasgo súbito, seguidos, em alguns casos, de chiado no peito – mesmo sem histórico de alergias na família.

Como fazer - Posicione o punho fechado da mão dominante na parte superior do abdômen, entre o umbigo e o final da caixa torácica. Segure o punho com a mão não dominante e puxe ambas as mãos para dentro e para cima.

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