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Capital

Quebra-molas sem pintura e sinalização precária viram armadilhas nas ruas

Agetran garante que enviará uma equipe para reforçar a sinalização solicitada

Por Gustavo Bonotto e Raíssa Rojas | 13/10/2025 14:09
Quebra-molas sem pintura e sinalização precária viram armadilhas nas ruas
Motociclista atravessa quebra-molas da Rua Otaviano Inácio de Souza, sem sinalização. (Foto: Marcos Maluf)

A ausência de pintura e placas em quebra-molas transformou trechos do Portal do Caiobá, região sul de Campo Grande, em verdadeiras armadilhas para motoristas e motociclistas. O problema ficou evidente após a queda de Gustavo Moura dos Santos, de 29 anos, que se acidentou ao passar por um redutor sem sinalização na Rua Otaviano Inácio de Souza.

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A falta de manutenção na sinalização viária do Portal do Caiobá, em Campo Grande, tem causado preocupação após acidente com motociclista. Moradores relatam problemas como placas apagadas, pinturas desgastadas e ausência total de sinalização em diversos pontos do bairro, especialmente na Rua Otaviano Inácio de Souza. A situação é agravada pelo intenso tráfego de ônibus e motociclistas na região. O caso mais recente envolveu Gustavo Moura dos Santos, 29 anos, que sofreu acidente em um quebra-molas sem sinalização. Ele permanece internado na Santa Casa, enquanto sua esposa, grávida de cinco meses, aguarda sua recuperação.

Moradores denunciam que a falta de manutenção da sinalização viária é antiga. Em várias ruas, a pintura dos redutores está apagada, placas estão danificadas ou ausentes, e em alguns trechos não há qualquer indicação de via preferencial, o que aumenta o risco de colisões e quedas.

A reportagem percorreu o bairro e constatou problemas em várias ruas: na Rua Francisco Antônio de Souza, a pintura do redutor está apagada; no trecho entre o Portal do Caiobá e o Conjunto Fernandes, a sinalização existe apenas de um lado; e na Cachoeira do Campo, não há indicação alguma de via preferencial ou sentido de tráfego.

Já na Rua Otaviano Inácio de Souza, onde ocorreu o acidente, não há sinalização alguma, e a pintura no chão está fraquíssima. Moradores relatam que outro quebra-molas na mesma rua possui sinalização apenas no topo, e a pintura no chão está apagada.

Sebastião Sérgio Arcaça, 62 anos, vendedor autônomo, relatou: "Estamos tendo esse problema; muita gente já caiu de moto. Esses dias aconteceu um acidente. Isso acontece há muito tempo. Moro aqui há 20 anos, quando o bairro ainda nem era asfaltado. Mas, quando os ônibus começaram a passar, a via passou a ser asfaltada. Eles colocaram sinalização no início, mas, com o tempo, deveria haver manutenção".

Quebra-molas sem pintura e sinalização precária viram armadilhas nas ruas
Falta de reparos e sinalização é perigo constante, destaca Sebastião. (Foto: Marcos Maluf)

"Se houvesse sinalização fixa amarela, o pessoal já a veria no chão. Às vezes passa carro de aplicativo, a pessoa não percebe e ocorre aquele baque. É preciso pintar e colocar mais sinalização. Aqui é ainda mais perigoso por conta dos ônibus. Se o motorista passa pela primeira vez, ele tromba", diz.

A situação se repete nas demais ruas e redutores do bairro. Durante o levantamento, a reportagem encontrou uma placa de sentido único no cruzamento da Avenida Afluente com a Rua Jenipava, mas moradores afirmam que motoristas não respeitam a sinalização.

Flávia Xavier, 33 anos, atendente, disse: "Acho que a situação é precária e poderia estar melhor. Reclamam bastante, principalmente porque não respeitam a placa de PARE. Por aqui, não respeitam a sinalização."

A moradora Beatriz Maram, de 26 anos, afirmou: "Se você vier sábado ou domingo, vai perceber que não lê nada. Aqui é bem ruim: não há sinalização. Faz mais de um mês; quebra-molas só existe na via principal. Lá é tudo bonito, mas, para cá, não há nenhuma sinalização." Ela comparou a região à Vila Margarida, onde morava antes, e destacou a diferença na manutenção.

Quebra-molas sem pintura e sinalização precária viram armadilhas nas ruas
Placa de sinalização de sentido, caída na calçada da Rua Otaviano Inácio de Souza. (Foto: Marcos Maluf)

Moradores também reclamam da presença de jovens andando de moto e empinando, além da circulação intensa de ônibus, que aumenta o risco de acidentes. Eles afirmam que a falta de sinalização não afeta apenas motociclistas, mas também pedestres e motoristas de veículos menores. A situação preocupa principalmente nos finais de semana, quando o movimento aumenta.

O ponto exato do acidente de Gustavo continua sem nenhuma sinalização vertical ou horizontal, e os redutores próximos apresentam sinais apagados ou inexistentes.

Além da situação das ruas, familiares de Gustavo relatam que ele permanece internado e em tratamento intensivo na Santa Casa de Campo Grande. A esposa, grávida de cinco meses, acompanhou a recuperação inicial e disse: "Ele sempre foi dedicado e trabalhador. Trabalha com recapagem de pneus de carreta, sai de casa à tarde e volta madrugada adentro. Estamos focados na recuperação dele agora."

A reportagem entrou em contato com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para questionar sobre manutenção, cronograma de revitalização e providências. Por meio de nota, a pasta informou que enviará uma equipe ao local mencionado, para reforçar a sinalização solicitada.

"Todos os dias as equipes de manutenção da Agetran seguem um cronograma onde realizamos o reforço e a sinalização das vias que necessitam".

Ainda no texto, a Agetran pede que condutores sigam as regras de circulação básicas previstas no CTB (Código de Trânsito Brasileiro). "É fundamental que todos os usuários da via mantenha atenção constante às sinalizações verticais, garantindo um trânsito mais seguro e organizado para todos", finaliza.

Quebra-molas sem pintura e sinalização precária viram armadilhas nas ruas
Redutor de velocidade desgastado, próximo ao quebra-molas da Rua Otaviano Inácio de Souza. (Foto: Marcos Maluf)

[ * ] Matéria alterada às 14h21 para acréscimo de conteúdo.

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