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Capital

Reunião entre sindicato e Justiça do Trabalho discute multa por greve

Encontro reúne sindicalistas, consórcio e prefeitura enquanto garagens seguem fechadas

Por Gustavo Bonotto e Clara Farias | 18/12/2025 15:47
Reunião entre sindicato e Justiça do Trabalho discute multa por greve
Reunião acontece com portas fechadas à imprensa no plenário do TRT. (Foto: Clara Farias)

Representantes do STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano), do Consórcio Guaicurus e da Prefeitura de Campo Grande participam, nesta quinta-feira (18), de reunião na Justiça do Trabalho para discutir o retorno do transporte coletivo. O encontro a portas fechadas começou às 14h, após os participantes chegarem à sala por volta das 13h30. A prefeitura participa das negociações por meio da procuradora Cecília Faad.

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A Justiça do Trabalho realiza reunião nesta quinta-feira (18) com representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano, Consórcio Guaicurus e Prefeitura de Campo Grande para tentar encerrar a greve de ônibus que já dura quatro dias na capital. O sindicato busca suspender multa de R$ 520 mil, aplicada por descumprir a exigência de manter percentual mínimo de circulação. A retomada do serviço depende do pagamento de 50% dos salários de novembro e do 13º salário, após autorização para antecipação de R$ 3,3 milhões destinados ao custeio das gratuidades estudantis.

A reunião ocorre no quarto dia da greve que paralisou os ônibus na Capital. O objetivo é fechar o acordo que permita a retomada do serviço ainda hoje. Também entra na pauta a multa de R$ 520 mil aplicada ao sindicato pelo descumprimento da exigência de manter parte da frota em circulação.

A penalidade foi fixada ao longo dos dias de paralisação por se tratar de serviço essencial. O valor soma decisões tomadas desde o início do movimento, quando a Justiça determinou a preservação de um percentual mínimo de ônibus nas ruas. O sindicato tenta suspender ou reduzir a cobrança como parte do entendimento final.

Enquanto a reunião segue a portas fechadas, as duas garagens do Consórcio Guaicurus permanecem sem operação nesta tarde. Apenas funcionários da manutenção compareceram aos locais desde a manhã. Eles testaram motores dos ônibus parados há quatro dias e calibraram pneus.

Reunião entre sindicato e Justiça do Trabalho discute multa por greve
Veículos parados em frente a uma das garagens, situada no Bairro Ana Maria Coelho. (Foto: Paulo Francis)

Nenhum veículo saiu para atender a população até as 15h40. O cenário contrasta com a expectativa criada mais cedo pelo sindicato. Pela manhã, a entidade informou que os ônibus poderiam voltar a circular até o fim da tarde.

Mais cedo, o sindicato confirmou o início dos preparativos para o retorno ao trabalho após a autorização para antecipar o repasse de R$ 3,3 milhões do Governo do Estado. O valor será usado para custear gratuidades estudantis. A liberação destravou o acordo envolvendo prefeitura, Câmara Municipal e sindicato.

O presidente do STTCU, Demétrio Freitas, afirmou que o retorno depende do cumprimento integral do acordo pelo Consórcio Guaicurus. Ele citou o pagamento dos 50% restantes dos salários de novembro e do 13º salário, que vence nesta sexta-feira. Segundo o dirigente, os trabalhadores só retomam o serviço com garantia de pagamento. "Tem 200 mil de multa, mas nós não vamos rodar enquanto não receber," garantiu Freitas.

Apesar da sinalização positiva ao longo do dia, ainda não há confirmação oficial sobre o horário de retomada do transporte coletivo. A definição depende do desfecho da reunião iniciada às 14h. Até lá, Campo Grande segue sem ônibus nas ruas.

Reunião entre sindicato e Justiça do Trabalho discute multa por greve
Ônibus enfilerados no pátio da viação responsável. (Foto: Paulo Francis)