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Saúde libera vacina para todos, mas frio e mortes mantêm filas em postos

Aliny Mary Dias | 28/07/2014 09:28
Longas filas se formaram em vários postos como o do bairro Tiradentes (Foto: Marcos Ermínio)
Longas filas se formaram em vários postos como o do bairro Tiradentes (Foto: Marcos Ermínio)

Liberada para toda a população nesta segunda-feira (28), a vacina contra a gripe A, causada pelo vírus influenza, é responsável pela grande procura nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Campo Grande. Em alguns postos, a imunização deve superar as 300 doses diárias, médias da última semana.

Depois do aumento no número de mortes confirmadas pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), oito em Campo Grande e 18 no Estado, o Ministério da Saúde encaminhou para o Estado 30 mil doses que foram aplicadas em grupos de risco na última semana.

Para reforçar ainda mais a imunização e evitar novos casos da gripe A, novas 50 mil doses chegaram à Capital e começaram a ser aplicadas nesta segunda-feira (28). Em postos como o do bairro Tiradentes, a procura começou às 7 horas.

Gerente da UBS, Lino Vegas explica que em média são aplicadas de 200 a 300 doses na unidade, mas agora, com a liberação para toda a população, a expectativa é que o número de aplicações aumente.

Uma das que enfrentou a fila logo cedo para ficar protegida contra a doença é a dona de casa Keit Castelo Vieira, de 25 anos. Ela levou o filho João Miguel, que há pouco completou 6 meses, para ser vacinado e aproveitou para tomar a vacina.

Keit levou o filho de 6 meses, idade mínima para tomar a vacina contra a gripe (Foto: Marcos Ermínio)
Keit levou o filho de 6 meses, idade mínima para tomar a vacina contra a gripe (Foto: Marcos Ermínio)
Ramon foi até o posto agora que a vacina está disponível para todos (Foto: Marcos Ermínio)
Ramon foi até o posto agora que a vacina está disponível para todos (Foto: Marcos Ermínio)

“Os casos estão aumentando e agora com o frio a gente fica ainda mais preocupado. Assim que eu soube que iriam liberar para todo mundo eu fiz questão de vir”, explica a dona de casa.

Outro que procurou o posto para tomar a vacina e espantar a possibilidade de ser infectado pelo vírus influenza é Ramon Ramos, de 48 anos. Ele não fazia parte de nenhum grupo prioritário e agora que pode tomar a vacina, fez questão de ficar protegido. “Todos tem que tomar para ficar imunizado e não correr nenhum risco”, diz.

No posto de saúde do bairro Coronel Antonino, muitos usuários estão em busca da vacina nesta segunda-feira, mas a procura do fim de semana foi tão intensa que as doses acabaram. De acordo com funcionários da UBS, as doses deve chegar ainda hoje na unidade. O posto mais próximo que oferece a vacina é o do bairro Estrela do Sul.

Toda pessoa, a partir de 6 meses de vida, pode procurar os postos das 7 horas às 11 horas e das 13 horas às 17 horas. É importante levar a carteira de vacinação, mas em razão da grande procura, quem estiver sem o documento também é imunizado.

Suspeita - Apesar das oito mortes confirmadas pela Saúde em Campo Grande, mais uma morte pode virar estatística no próximo boletim divulgado pela SES. Tudo porque morreu na noite do sábado o dentista Eduardo Yanagawa, funcionário público ligado a Funai. Parentes disseram que há alguns dias ele havia sido internado com suspeita de gripe H1N1.

Yanagawa chegou a ser socorrido e levado à Santa Casa, mas faleceu a caminho do hospital. O corpo do dentista foi encaminhado para o IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal) para exames. As análises identificar detalhadamente a real causa do falecimento, confirmando ou não a morte por H1N1.

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