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Capital

Secretário estima que nova solução para Aquário saia em até 15 dias

Christiane Reis | 02/08/2016 18:44
Chefe da pasta estadual de Meio Ambiente: "obra não está no ritmo desejado" (Foto: Fernando Antunes)
Chefe da pasta estadual de Meio Ambiente: "obra não está no ritmo desejado" (Foto: Fernando Antunes)

Nova licitação ou autorização para aumentar o valor do contrato atual. O impasse sobre como será possível obter mais recursos para concluir o Aquário do Pantanal, obra atualmente paralisada, deve chegar ao fim em 15 dias. A expectativa é do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que nesta terça-feira (2) se reuniu com representantes do empresariado do turismo para explicar a situação da obra.

“A obra está em passos lentos. Não está no ritmo desejado, por causa dessas definições jurídicas. A decisão, seja qual for, será pela continuidade da obra, ela apenas vai dizer como vamos tocar. A partir daí teremos um cronograma definitivo”, declarou o secretário.

O Aquário do Pantanal começou a ser construído em 2011, na gestão do governador André Puccinelli (PMDB). O orçamento inicial era de R$ 84,7 milhões, mas os gastos já chegam à casa dos R$ 240 milhões atualmente.

Em 2011, a Egelte Engenharia venceu licitação para construir o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome oficial do aquário, em Campo Grande. Porém, em março de 2014 a construção foi repassada em subempreita para a Proteco Construções, empresa que desde o ano passado é investigada pela PF (Polícia Federal) e MPE (Ministério Público Estadual).

Com a divulgação das denúncias, o MPF (Ministério Público Federal) recomendou em 22 de julho de 2015 que a administração estadual, já na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), suspendesse os contratos com a Proteco. A pedido da Egelte, a obra chegou a ser suspensa por decisão judicial, mas a empresa e o governo fizeram acordo.

Reunião – Em reunião, na tarde desta terça-feira (2), na Semade, com o titular da pasta, os empresários do setor do turismo 'tomaram pé' da situação e compreenderam que o caso agora depende de decisão judicial. “Quanto mais parada fica a obra, mais receita deixamos de ter, por isso é importante a conclusão do Aquário”, disse a secretária geral do Conselho Empresarial do Turismo e Hospitalidade, NildeBrum. O Conselho é ligado à Fecomércio.

Ela destacou que a movimentação turística nos municípios pode impactar mais de 50 atividades econômicas, daí o tamanho da preocupação com o atrativo que tem a estimativa de atrair cerca de 300 mil turistas por ano. Na tentativa de contribuir o setor vai fazer um documento de apoio à conclusão da obra, falando da importância do Aquário enquanto atividade econômica.

O secretário Jaime Verruck disse que o apoio do setor é fundamental e reforçou que um engenheiro chefe fica permanentemente no local da obra e que acompanha todo o processo. “Hoje a Egelte depende de outro atores, por isso ocorrem paradas e retomadas dos trabalhos. Recebemos informações diária sobre o andamento”, disse.

O presidente do Sindetur/MS (Sindicato das Empresas de Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul), Sebastião Rosa, e a presidente da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens de Mato Grosso do Sul), Kassilene Vieira Carneiro Cardadeiro, também participaram da reunião e destacaram que estavam preocupados com o cenário atual, mas que saíram da reunião mais otimistas.

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