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Sem estrutura, Parque do Sóter vira criadouro de dengue, dizem usuários

Além da sujeira, faltam banheiros, bebedouros, lixeiras e acessibilidade, reclamam frequentadores do local

Por Idaicy Solano | 20/03/2024 13:35
Entrada principal do parque está com portão danificado e a calçada quebrada, dificultando a acessibilidade do local (Foto: Idaicy Solano)
Entrada principal do parque está com portão danificado e a calçada quebrada, dificultando a acessibilidade do local (Foto: Idaicy Solano)

Falta de manutenção e infraestrutura no Parque do Sóter, localizado na Vila Margarida, em Campo Grande, se tornaram problema crônico em um dos maiores parques localizados dentro do perímetro urbano.

Logo na entrada no parque, pela Rua Rio Negro, existe uma poça de água suja e parada, no centro de uma pista e duas salas, que serviam de almoxarifado, tiveram as trincas da porta quebradas. Mais à frente, na entrada principal, o local destinado aos banheiros está abandonado e trancado.

Quem ainda persiste em frequentar o local encontra na entrada principal calçadas quebradas, rampas desniveladas e estrutura danificada, além da falta de banheiros, bebedouros, lixeiras e acessibilidade.

Ninguém sabe explicar a serventia do espaço redondo de ladrilhos branco e azul, mas o lugar se tornou um “lago cimentado”, que acumula água parada e lodo, e coloca em risco a saúde dos frequentadores do parque e moradores do entorno, por conta do risco de dengue. Detalhe este que não passou despercebido pelo investidor Jean Rutz, 28. “Era para ser alguma coisa, mas acho que o projeto de engenharia ali deu errado, porque virou um riacho”, observa.

Espaço de azulejos brancos e azuis acumula água da chuva na entrada do parque pela Rua Rio Negro; local é propício para proliferação do mosquito da dengue (Foto: Idaicy Solano)
Espaço de azulejos brancos e azuis acumula água da chuva na entrada do parque pela Rua Rio Negro; local é propício para proliferação do mosquito da dengue (Foto: Idaicy Solano)

Jean comenta que a falta de infraestrutura e limpeza do parque influencia na experiência dos frequentadores, pois faz diferença principalmente para o bem-estar das pessoas.

“Nesse espaço aqui, onde as pessoas poderiam utilizar para comer, não tem uma lixeira disponível, a acessibilidade é inexistente. O que me indigna bastante é a sujeira, tem lixo jogado no chão, cortam [as árvores e grama] e deixam ali. E isso [a limpeza] faz toda a diferença para o bem-estar das pessoas”, diz Jean.

O videomaker Luis Lisboa, 25, opina que o parque deveria ter mais incentivo, pois costuma lotar aos finais de semana. Ele pontua que há muitos espaços depredados e vandalizados, além da falta de estrutura. “Faz muito tempo que essas estruturas estão meio que largadas. Poderia ter bebedouro, poderia ter banheiro. Falta manutenção, limpeza, estrutura”.

A professora Maisa Teixeira, 44, costuma frequentar o parque com as filhas, de 4 e 7 anos, mas confessa que diminuiu a frequência, principalmente por conta da falta de segurança.

“Eu tenho sempre receio de questões de segurança. Para entrar aqui com as meninas, eu nunca entro depois do pôr do sol. O parquinho andou muito tempo abandonado. Tinha que investir para manter, eu acho que isso aqui já foi bom [um dia]”.

A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande, para questionar a respeito da manutenção do Parque do Sóter, e aguarda um posicionamento.

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