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Capital

Simulação comprova que execução de delegado durou três segundos

Helton Verão e Evelyn Souza | 28/06/2013 16:33
Peritos usaram o veículo da vítima, uma motocicleta similar e barbantes para alinhar por onde os tiros tenham passado (Foto: João Garrigó)
Peritos usaram o veículo da vítima, uma motocicleta similar e barbantes para alinhar por onde os tiros tenham passado (Foto: João Garrigó)

Os peritos da Polícia Civil constataram que a ação assassinos do delegado aposentado Paulo Magalhães durou de dois a três segundos. A simulação foi feita na tarde desta sexta-feira (28) no pátio da Cepol (Centro Especializado de Polícia Civil). O veículo da vítima foi usado, assim com uma motocicleta similar a dos autores, uma Honda Twister. Paulo foi morto quando buscava a filha na escola, na rua Alagoas, na última terça-feira (25).

Os peritos Francisco Orlando e o Sávio Ribas encontraram o sétimo projétil durante a simulação em uma das portas do veículo. No total seis tiros de 9 mm atingiram Paulo, perfurando seu corpo por 11 vezes.

Também foi constatada que a distância que a moto estava do carro ficou entre 50 centímetros e 1,20 m. O homem que estava na garupa efetuou os disparos e o delegado chegou a perceber a ação dos assassinos, porque a perícia no corpo mostra que ele colocou uma das mãos na frente.

O disparo fatal, segundo os investigadores foi o que atingiu o ombro direito do delegado, atravessou seu pulmão e foi parar no tórax.

Na simulação, também estava a camisa que a vítima usava no momento do crime. Na comparação com os furos na roupa e as marcas no vidro, foi possível verificar detalhes da ação.  Os laudos da pericia da cena do crime, mais os feitos hoje, devem sair dentro de 10 dias.

Até o momento nenhum suspeito foi preso. A prisão de um homem suspeito de participar da execução foi negada hoje pela manhã pelos investigadores da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).

Paulo Magalhães também era advogado, professor universitário e uma figura polêmica dentro da Polícia Civil. Criou a ONG Brasil Verdade em Mato Grosso do Sul e depois da aposentadoria passou a se dedicar a fazer criticas, principalmente, contra a Segurança Pública e gestores públicos por enriquecimento ilícito.

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