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Capital

Somente em maio, 5 transplantes de rins foram realizados na Santa Casa

Nos cinco primeiros meses de 2017 foram feitos 8 procedimentos. Aumento se deve ao maior número de doadores compatíveis e autorização de famílias.

Anahi Gurgel | 13/06/2017 13:31
Transplante de rim sendo realizado na Santa Casa de Campo Grande, em 2017. Cinco, somente no mês de maio. (Foto: Divulgação)
Transplante de rim sendo realizado na Santa Casa de Campo Grande, em 2017. Cinco, somente no mês de maio. (Foto: Divulgação)

De um total de oito transplantes de rins realizados na Santa Casa de Campo Grande desde o início do ano, cinco foram registrados no mês de maio. A estatística positiva, segundo a instituição, se deve ao aumento de doadores compatíveis e, principalmente, de famílias que autorizaram a doação de órgãos de entes falecidos.

No mês de maio, foi realizado um transplante de doador vivo e quatro de doadores falecidos. Um aumento considerável se comparado ao total dos cinco primeiros meses de 2017: foram contabilizados um procedimento em janeiro com doador vivo, nenhum em fevereiro, mais um no mês de março, com doador falecido, e outro em abril, também com doador falecido.

"O aumento do número de transplantes no mês de maio se deve ao maior número de doadores compatíveis com os pacientes que aguardavam na fila", explica a coordenadora da CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos para transplantes), Ana Paula das Neves.

“Também aumentou a quantidade de famílias entrevistadas pela comissão e que autorizaram a doação de órgão”, disse.

“Uma das tarefas mais difíceis para se efetivar uma doação de órgãos é a recusa dos familiares, que, normalmente, fundam sua decisão na alegação de não saber qual desejo do ente falecido”, pontua Ana Paula.

No mês de maio, o hospital captou dez rins e dois fígados, sendo que seis famílias autorizaram a doação dos órgãos do ente falecido. Entretanto, nos cinco primeiros meses do ano, a Santa Casa registou 39 mortes encefálicas, sendo que 14 tiveram recusa médica. No período, 25 famílias foram entrevistadas pela CIHDOTT, mas somente 11 concordaram com a doação dos órgãos, ou seja, 14 não autorizaram o procedimento.

A instituição não captou nenhum órgão em janeiro nem abril. Em março foram captados quatro rins, um pulmão e um fígado e, em fevereiro, seis rins e dois fígados.

Em todo o ano de 2016, apenas dois transplantes de rins foram registrados na instituição.
No ano passado, foram registradas 125 mortes encefálicas, com 61 recusas médicas. Das 64 famílias entrevistadas, apenas 25 autorizaram a doação de órgãos e 39 recusaram. Ao todo, foram captados 44 rins, 12 fígados e seis corações.

Morte encefálica -O quadro de morte encefálica só pode ser confirmado após a realização de exames padronizados pela resolução 1.480/97, do Conselho Federal de Medicina. São realizados testes com intervalo de algumas horas para comprovar a inatividade elétrica e metabólica irreversíveis no sistema nervoso central do paciente, como ausência de reflexos cerebrais e imcapacidade de respirar por si próprio.

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