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Startups: entenda o método que ajuda a impulsionar negócios em crescimento

Em Campo Grande, um parque tecnológico viabiliza o desenvolvimento de novas empresas inovadoras.

Por Judson Marinho | 16/09/2025 07:55
Startups: entenda o método que ajuda a impulsionar negócios em crescimento
Coladoradores da startup Tamandú no espaço dedicado a empresa no Parktech Campo Grande (Foto: Judson Marinho)

Com foco em resolver problemas do mercado empreendedor, as startups são uma forma de tirar do papel uma ideia inovadora para transformá-la em soluções tecnológicas de grande potencial de crescimento.

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As startups têm se destacado como uma solução inovadora para problemas do mercado, especialmente em Campo Grande, onde o Parktec CG tem promovido o método startup. A Diretora executiva do Parque, Adriana Tozzetti, explica que uma startup utiliza tecnologia em seu processo e deve ser escalável. O desenvolvimento ocorre em três fases: ideação, aceleração e Scale-Up. Empresas interessadas em participar do Parktec devem ter CNPJ e atender a critérios específicos, como foco em inovação. Entre as startups consolidadas no espaço, destacam-se a Tamandú, que facilita contratações, a J&B Biofertilizantes, que oferece soluções sustentáveis para o agro, e a Eixo x Soluctions, que utiliza inteligência artificial para automatizar projetos.

Essa é a proposta do método startup, que na capital vem ganhando mais adeptos por meio do Parktec CG (Parque Tecnológico de Campo Grande).

Em entrevista ao Campo Grande News, a diretora executiva do Parque Tecnológico de Campo Grande, Adriana Tozzetti, explicou que estas organizações em sua fase inicial são consideradas startups se utilizam tecnologia em alguma fase do negócio.

"A utilização de tecnologia não precisa, necessariamente, ser uma plataforma; pode ser uma pesquisa, um insumo ou um bem que utilize tecnologia em seu processo. Também precisa ser escalável, ou seja, algo que a gente consegue vender para todo mundo. Então, o Uber é escalável, a BMW é escalável e o Reclame Aqui é escalável porque você consegue implementar em qualquer praça em que você tenha legalidade para isso", exemplificou Adriana.

Segundo a diretora executiva do Parktec, as startups passam por etapas de execução: a primeira é a ideação, que consiste na fase inicial de ideia e validação, na qual se busca identificar uma oportunidade de mercado ou um problema a ser resolvido.

"Eu carinhosamente chamo de 'I Have a Dream'. Eu tenho um sonho que ainda não tirei do papel e preciso de ajuda para entender esse sonho, avaliar sua viabilidade e descobrir como implementá-lo".

A segunda fase é a da aceleração, etapa atual das startups presentes no Parktec, em que o foco é impulsionar o crescimento das empresas emergentes, oferecendo mentoria.

"A segunda fase é quando você já entendeu o seu sonho, já está trabalhando nele, já saiu da informalidade, abriu um CNPJ, às vezes está vendendo produto ou está em vias de começar a vender e precisa de ajuda para melhorar o seu negócio".

A fase final da startup é a de scale-up (maturidade e saída), que tem o objetivo de expandir o negócio de forma sustentável, tornando-o consolidado no mercado, o que pode resultar na saída dos investidores, que podem vender a startup para uma empresa maior ou fazer uma fusão.

De acordo com Adriana Tozzetti, inicialmente, os empresários que tenham interesse em ingressar no método startup como residentes no Parque Tecnológico devem possuir CNPJ ativo.

No primeiro edital aberto para startups residentes, os critérios e requisitos de participação consistiam na apresentação do modelo de negócios e na justificativa do uso do espaço por pessoas jurídicas com endereço comprovado em Campo Grande (MS) enquadradas em pelo menos um dos seguintes perfis:

  • Interessadas em desenvolver e formalizar ideias de negócio;
  • Atuantes em pesquisa e/ou desenvolvimento de produtos ou processos inovadores;
  • Desenvolvedoras de soluções de base tecnológica e/ou de impacto socioambiental;
  • Envolvidas em estudos ou práticas de ciência, tecnologia e inovação;
  • Empresas e empreendedores com até 5 (cinco) anos de constituição formal (CNPJ ativo), com foco em inovação e desenvolvimento tecnológico, em estágio inicial.

Para participar, a proponente deve ser pessoa jurídica legalmente constituída, com endereço fiscal no município de Campo Grande (MS), podendo ser matriz ou filial.

Novos editais só devem ser abertos após a conclusão da obra do Centro de Belas Artes. De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, o espaço será utilizado como complexo de inovação e tecnologia e deverá atender cerca de 60 startups.

Residentes - A reportagem conversou com os CEOs das startups que passaram pelo processo seletivo e agora utilizam o espaço físico do Parktec.

Entre as startups atualmente mais consolidadas está a Tamandú, empresa com 1 ano e 6 meses de atuação, que tem como CEO (Chief Executive Officer) e fundador Igor Pereira de Andrade, 36 anos. A empresa oferece serviços para facilitar a contratação de novos funcionários por meio de um site e do WhatsApp. A Tamandú já tem mais de 30 mil currículos cadastrados e 150 empresas de Mato Grosso do Sul como clientes.

"Nosso objetivo é expandir. Agora que estamos no Parktec, temos um espaço físico de startup-âncora. Então, a primeira coisa que eu busquei foi isso: trazer meu time para cá, em vez de cada um ficar em casa, em regime de home office. E, trabalhando aqui, criamos mais conexões. É uma forma de acessar outras empresas", disse Igor.

Startups: entenda o método que ajuda a impulsionar negócios em crescimento
João (a esquerda) e Guilherme (à direita) segurando o fertilizante biosustentável desenvolvido pela startup JB biofertilizantes (Foto: Judson Marinho)

Guilherme Victor Daniel Ladislau Bezerra, da J&B Biofertilizantes, junto com seu sócio João Arthur Brognara Gauna, criou um fertilizante que, além de cumprir o seu papel no crescimento do cultivo, também utiliza fórmulas que impedem o surgimento de pragas de forma biodegradável.

"Este biofertilizante líquido não degrada o solo, é orgânico e diminui o uso de agrotóxicos. Validamos o produto em hortas urbanas e em plantas ornamentais e, assim, a gente começou a vender um pouco. É um produto sustentável que impacta positivamente no meio do agro", declarou Guilherme.

Outra startup que chama a atenção no Parktec é a Eixo X Solutions, do CEO Fernando Riedo, que, por meio de uma IA (inteligência artificial), auxilia empresários a automatizar projetos de crescimento com base nos dados da empresa analisados pela IA.

A Nivo Turismo de Sérgio Félix, 29 anos, propõe, por meio de sua startup, soluções de mercado para a melhoria administrativa de atrativos turísticos presentes no bioma pantaneiro.

"Queremos posicionar nossos clientes no mercado digital para que eles vendam mais, ajudando o pequeno empreendedor do turismo rural na parte operacional", explicou o CEO da startup.

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