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Capital

Suspeita de matar homem a facadas teve irmão assassinado 8 meses antes

Talia é suspeita de esfaquear vítima no Nova Campo Grande; Kael morreu de forma similar, em janeiro

Por Gustavo Bonotto e Gabi Cenciarelli | 26/08/2025 21:30
Suspeita de matar homem a facadas teve irmão assassinado 8 meses antes
Equipes da PM e do Corpo de Bombeiros na Rua Sol Nascente, local onde corpo de Kael foi localizado. (Foto: Arquivo/Gabi Cenciarelli)

Suspeita de matar um homem a facadas no Bairro Nova Campo Grande no último sábado (23), Talia Loraine de Oliveira teve o irmão morto de forma semelhante oito meses antes. Kael Marlon de Oliveira foi assassinado com golpes de faca na região da Vila Nhánhá em 16 de janeiro, aos 22 anos de idade, segundo relatos da família e registros policiais.

RESUMO

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Talia Loraine de Oliveira, suspeita de homicídio em Campo Grande, teve o irmão, Kael Marlon de Oliveira, assassinado a facadas oito meses antes. Kael, de 22 anos, lutava contra o vício em drogas e buscava ajuda profissional, mas foi morto em janeiro no bairro Nhánhá. A mãe, Taís Soliane, lamentou a perda do filho, que sonhava em ser juiz e trabalhar com ela na área de culinária.No último sábado, Talia foi presa após supostamente participar do assassinato de um homem ainda não identificado. O crime ocorreu na residência da suspeita, onde ela e Maikon Aparecido Oliveira Bezerra da Silva teriam atacado a vítima por suspeita de ligação com uma facção criminosa. A vítima foi esfaqueada diversas vezes e morreu no local. Talia confessou a autoria das facadas, alegando legítima defesa, enquanto Maikon afirmou ter agido "no embalo". O casal foi preso e autuado por homicídio qualificado.

O jovem tentou buscar ajuda para largar as drogas em uma clínica de reabilitação, mas não conseguiu ser atendido. Segundo a mãe, Taís Soliane, de 43 anos, ele queria mudar de vida e estava decidido a se internar. “Ele tinha consulta no dia que morreu, estava procurando ajuda de todas as formas possíveis, mas não deu tempo, mataram meu filho antes”, disse ela durante o velório.

A mãe relatou que Kael havia se afastado da família por conta do uso de drogas, mas mantinha sonhos e planos. “Ele me dizia que quando morresse ia virar purpurina. Antes das drogas, ele se formou comigo como chefe de cozinha e sonhava em ser juiz. Queria trabalhar comigo para pagar o curso de Direito”, lembrou Taís. Kael foi encontrado com perfuração no pescoço e a morte foi confirmada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

À época da morte, Talia chegou a publicar imagens do irmão com dizeres bíblicos. "Difícil acreditar que você se foi, meu irmão. Éramos tão grudados. Minha alma gêmea. Te amo, meu menino. Sempre terei você no peito. Não consigo acreditar ainda. Não tenho palavras para descrever. Minha ficha ainda não cai", escreveu.

Suspeita de matar homem a facadas teve irmão assassinado 8 meses antes
Talia lamenta a morte do irmão nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)

No último sábado, a jovem foi presa pela PM (Polícia Militar) a aproximadamente 950 metros do local onde supostamente participou da morte de um homem, ainda não identificado.

O crime, segundo boletim de ocorrência, ocorreu dentro da residência de Talia, onde estavam quatro adultos e duas crianças, de um e oito anos. Segundo testemunhas, ela e um terceiro, identificado como Maikon Aparecido Oliveira Bezerra da Silva, atacaram a vítima após identificar suposta ligação dela com uma facção. A vítima tentou fugir, mas foi perseguida pelo casal até cair e receber pelo menos sete golpes de faca, que causaram sua morte no local.

Suspeita de matar homem a facadas teve irmão assassinado 8 meses antes
Talia, em foto publicada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)

Para a polícia, Talia confessou ser autora das facadas, alegando legítima defesa. Maikon, conhecido como “Di Menor”, foi preso na casa da irmã e afirmou que participou do ataque “no embalo” depois de ver fotos no celular da vítima com símbolos ligados ao CV (Comando Vermelho). O casal foi autuado em flagrante por homicídio qualificado.

Na residência, a polícia apreendeu facas, porções de droga, bebidas e cigarros. As filhas de Talia foram deixadas com uma testemunha e encaminhadas ao Conselho Tutelar.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que analisa depoimentos, histórico criminal do casal e a motivação do crime.

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