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Capital

Suspeito de atear fogo na esposa tem 5 passagens por violência doméstica

Segundo a Polícia Civil, Gílson ainda é fichado por ameaça e vias de fato - esta última foi registrada pela vítima no ano passado na Deam

Viviane Oliveira | 12/12/2017 09:18
Adriele posa para foto ao lado de Gilson. Ele é procurado pela polícia (Foto: Arquivo Pessoal)
Adriele posa para foto ao lado de Gilson. Ele é procurado pela polícia (Foto: Arquivo Pessoal)

Suspeito de jogar gasolina e atear fogo no rosto da esposa Adriele de Fátima Soares Silva, 27 anos, na madrugada do último domingo (10), em Campo Grande, Gílson Ferreira da Silva, 39 anos, tem cinco passagens por violência doméstica.

Segundo a Polícia Civil, Gílson ainda é fichado por ameaça e vias de fato - esta última foi registrada pela vítima no ano passado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele, agora, é procurado por tentativa de feminícidio.

Adriele está internada em estado grave no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa. Conforme a assessoria de imprensa do hospital, a paciente sofreu queimaduras de 2º grau no braço, tronco, pescoço e face. A parte mais afetada foi o rosto, que ficou desfigurado. Além das queimaduras em 25% do corpo, a vítima inalou fumaça e teve lesão na via respiratória.

O crime aconteceu na residência do casal, no Bairro Ramez Tebet, região sul da Capital. Valdeci Soares Silva, 61 anos, pai de Adriele, contou que a filha e o marido brigaram no dia do crime. Gílson, então, a esperou dormir para atear fogo. “Ela acabou bebendo um pouco da gasolina e além das queimaduras externas também sofreu queimaduras internas”, lamenta.

Segundo Valdeci, Adriele saiu na rua pedindo socorro e foi levada por terceiros para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário. Lá, ela foi encaminhada em estado grave para à Santa Casa. Até o fechamento deste texto, o suspeito seguia foragido. A reportagem tentou falar com a delegada titular da Deam, Ariene Murad, mas não teve retorno. 

Adriele tem dois filho de 8 e 3 anos. As crianças não são filhas de Gílson. Os dois estavam juntos há pouco mais de 1 ano. A vítima é irmã - por parte de pai - de Wesner Moreira da Silva, que ao 17 anos morreu após ser agredido em um lava-jato, no dia 3 de fevereiro deste ano. O rapaz ficou onze dias internado na Santa Casa e morreu após hemorragia grave e parada cardiorrespiratória. 

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