TJ mantém sentença que mandou a júri os acusados da morte de Mayana
Decisão desta tarde do TJ (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul rejeitou o recurso da defesa e manteve a sentença que mandou a júri popular dois jovens envolvidos no acidente de trânsito que, em junho do ano passado, matou a estudante Mayana de Almeida Duarte, de 23 anos.
Por unanimidade, os desembargadores da Primeira Turma Criminal do TJ negaram o pedido da defesa para que a acusação fosse desqualificada de crime doloso para culposo. Se a Justiça acatasse o pedido, livraria os réus, Anderson de Souza Moreno e Willian Jhonny de Souza Ferreira, do júri.
A turma seguiu o entendimento do relator do processo, João Carlos Brandes Garcia, e também do MPE (Ministério Público Estadual), contra a concessão do recurso.
Apesar da decisão desfavorável à defesa dos réus, ainda não há previsão de quanto o julgamento pode ocorrer. Isso porque a defesa ainda pode recorrer, ao próprio TJ. O advogado de defesa de Anderson, Coaraci Castilho, informou que ainda não sabe se vai apresentar recursos.
O recurso possível se chama embargos de declaração, normalmente utilizado para esclarecer algum ponto do julgamento ou apontar incorreção, e dificilmente muda o teor da decisão.
O que aconteceu- De acordo com a acusação, os dois réus disputavam racha na avenida Afonso Pena quando aconteceu o acidente que matou Mayana. Anderson estava em um Vectra, que ultrapassou o carro conduzido por William, um Fiat Uno.
No cruzamento com a rua José Antônio, o Vectra bateu no Celta dirigido por Mayana. Testemunhas disseram que o veículo passou no sinal vermelho.
Mayana foi levada em estado grave para o hospital e morreu 10 dias depois. Anderson está preso e William em liberdade.