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Capital

‘Vamos apurar tudo’, afirma delegado sobre possível queima de arquivo

Corpo de ex-vereador foi encontrado carbonizado na manhã de hoje

Anahi Zurutuza e Guilherme Henri | 21/09/2016 17:43
Policiais militares e bombeiros foram acionados logo cedo e estiveram no local onde corpo foi encontrado (Foto: Fernando Antunes)
Policiais militares e bombeiros foram acionados logo cedo e estiveram no local onde corpo foi encontrado (Foto: Fernando Antunes)
A perícia chegou depois e levou o cadáver carbonizado foi levado para o Imol (Foto: Fernando Antunes)
A perícia chegou depois e levou o cadáver carbonizado foi levado para o Imol (Foto: Fernando Antunes)

O delegado Edilson dos Santos, que comanda a investigação sobre o assassinato de Alceu Bueno, reafirmou no fim da tarde desta quarta-feira (21) que não descarta qualquer hipótese para o motivo da morte do ex-vereador, inclusive de que esteja ligada ao escândalo de exploração sexual envolvendo a vítima. Inquérito para apurar homicídio doloso e ocultação de cadáver foi aberto.

Questionado sobre a possibilidade de “queima de arquivo”, o titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) disse: “não vamos descartar nenhuma hipótese. Por enquanto, não tem nada que indique isso. Mas, a linha de investigação vai surgir com a apuração, nos próximos dias”.

O delegado afirma que depoimentos de familiares serão imprescindíveis para saber quais foram os últimos passos de Alceu Bueno antes do assassinato. A filha do ex-vereador foi ouvida na tarde de hoje, logo depois que o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) confirmou que as digitais do corpo carbonizado encontrado pela manhã eram do empresário.

Contudo, as imagens de câmeras de segurança instaladas no Parque do Poderes – no nordeste de Campo Grande – ajudarão a desvendar os momentos antes de desova do corpo e talvez sejam a “arma” usada por investigadores na identificação dos assassinos.

Detalhes – A princípio, Bueno passou a terça-feira (20) na empresa dele, o Depósito Bueno, na avenida Coronel Antonino – na região norte da Capital.

Conforme da família disse a polícia, na noite de terça-feira (20), o empresário deixou o depósito por volta das 21h30 e este também foi o horário do último contato que familiares tiveram com ele, por telefone.

O empresário dirigia seu veículo, um Land Rover de cor prata, que ainda não foi encontrado.

Bueno possivelmente foi morto por estrangulamento e a polícia acredita que o local onde o corpo foi encontrado foi utilizado só para a desova. Mas, os resultados das perícias feitas no cadáver e na cena do crime, que têm até 30 dias para ficarem prontos, é que confirmarão tais o que as evidências mostram.

Exploração sexual - Alceu Bueno foi condenado em dezembro do ano passado, a oito anos e dois meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de exploração sexual de vulnerável, mas cumpria o processo em liberdade, enquanto aguarda o recurso da sua defesa.

Ele foi filmado por pelas duas meninas, de 15 anos, durante programa sexual. O vídeo foi usado, depois, para extorqui-lo.

O esquema se tornou público no dia 16 de abril de 2015, quando uma equipe da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) prendeu o ex-vereador Robson Martins e o empresário, Luciano Pageu, pelo crime de extorsão, por conta de denúncia feita por Bueno.

Matéria editada para acréscimo de informações.

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