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Cidades

Empresa não cede ao Governo e mantém valor de kit em R$ 105

Ricardo Campos Jr. e Aline dos Santos | 05/02/2015 13:20
Pregão foi realizado pela internet (Foto: Marcos Ermínio)
Pregão foi realizado pela internet (Foto: Marcos Ermínio)
Pregoeira responsável pela disputa de preços dos kits escolares (Foto: Marcos Ermínio)
Pregoeira responsável pela disputa de preços dos kits escolares (Foto: Marcos Ermínio)

A Brink Mobil Equipamentos Educativos não cedeu às tentativas de negociação do governo e manteve em R$ 105 o valor oferecido para os três modelos de kits escolares que serão montados para os alunos da rede estadual de ensino. Pregão para a compra dos itens foi realizado pela internet na manhã desta quinta-feira (5), a menos de 15 dias para o início das aulas, e sete empresas disputaram o contrato, com valor previsto em R$ 24,6 milhões.

Participaram a Nilcatex Textil LDTA (Campo Grande-MS); Nayr Confecções limitadas (Mundo Novo – MS); Omega Paper Indústria Comercial e Serviços LTDA (Ribas do Rio Pardo – MS); Excel 3000 materiais e serviços LTDA (Niteroi – RJ); Frontal Comercial Eirelli EPP (Campo Grande – MS); Capricórnio S.A (Itajaí – SC) e Brink Mobil Equipamentos Educacionais (Brasília – DF). A Brink, que forneceu os kits para a Capital no ano passado, tinha sede no Paraná.

O pregão foi aberto às 8h e durante 40 minutos houve a fase de lances. Ao final, entre todas as companhias, a Brink teve o menor valor, de R$ 106,70. A partir de então, os organizadores do certame iniciaram uma discussão individual para reduzir ainda mais esse preço. O objetivo era tentar chegar a R$ 100, mas diante da resistência, tentaram pelo menos R$ 104,85, mas a participante mostrou-se irredutível.

A empresa alegou que, com o valor que ela propõe, haverá uma economia de R$ 1.132.591, ou seja, 4,6% do valor global do contrato. Além disso, também declarou que está em alta o preço da celulose, que compõe grande parte dos materiais.

Na próxima fase, a Brink terá oito dias úteis para enviar amostras dos itens que irão compôs os kits para que a qualidade deles seja avaliada pela SED (Secretaria Estadual de Educação) conforme os parâmetros exigidos no edital. Se ela for aprovada, terá toda a documentação analisada para que então seja homologada a licitação.

Caso ela seja reprovada em algum desses procedimentos, a Capricórnio, segunda colocada na fase de preços, passará pelos mesmos trâmites.

Segundo a pregoeira Simone de Oliveira Tamires Castro, a economia pode ser ainda menor dependendo do valor unitário dos três modelos de kit. O tipo 1, destinado a séries do ensino fundamental, tem valor máximo de R$ 32,30 cada e dele serão adquiridos 106,107 unidades. Os tipos 2 e 3, que serão distribuídos para séries finais do ensino fundamental, ensino médio, EJA (Educação de Jovens e Adultos) e educação profissional, terão valor de R$ 39 cada. Juntos, o valor total máximo é de R$ 110,10.

A Brink ainda vai determinar o valor de cada kit. Ao todo serão comprados 660 mil. Parte será distribuída este ano e o restante será guardado para o ano que vem.

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