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Cidades

Grupo de sem-terra bloqueia quatro rodovias em protesto contra despejo

Viviane Oliveira | 30/01/2015 11:26
Bloqueio no trevo da BR-267, em Nova Andradina com a MS-141 que liga a cidade de Angélica. (Foto: Nova Notícias).
Bloqueio no trevo da BR-267, em Nova Andradina com a MS-141 que liga a cidade de Angélica. (Foto: Nova Notícias).

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloqueou desde às 6h desta sexta-feira (30) quatro rodovias de Mato Grosso do Sul. De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), está interditada a BR-267, no distrito Casa Verde, em Nova Andradina, BR- 262, em Terenos, BR-163 em Anhandui e a MS 487, que liga Itaquiraí a Naviraí. Há congestionamento nos locais bloqueados.

De acordo com o MST, a manifestação é em solidariedade as famílias que foram despejadas ontem (29) do acampamento da Usina Santa Olinda, em Quebra Coco, distrito de Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande.

Estão envolvidos na ação de 150 a 300 assentados e acampados em cada ponto de bloqueio, conforme informou o movimento. O dirigente nacional do MST/MS, Jonas Carlos da Conceição, diz que não há previsão de desbloqueio. “Não podemos aceitar calados o que foi feito ontem, uma ação de despejo irresponsável, que não cumpriu com as normas legais”, afirma.

O dirigente diz ainda que em nenhum momento, desde o dia 10 de janeiro, quando o movimento abriu o acampamento no local, houve notificação judicial de desocupação da área para o MST. “Todos ficaram sabendo da situação por notícias na imprensa, portanto as famílias não estavam preparadas para desocuparem o local e nem tinham em mente onde montar um novo acampamento”, reclama.

O juiz da 2ª Vara da Comarca em Sidrolândia, Fernando Moreira da Silva, acatou o pedido de liminar apresentado pelos advogados da Jotapar Participações Ltda, razão social da empresa controladora da usina. Conforme a defesa, a empresa arrendou no ano passado 4 mil hectares para produtores cultivarem soja e milho. A usina está fechada desde junho de 2013.

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