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Cidades

Índios criticam leilão e acusam ruralistas de enfraquecer Funai

Lidiane Kober e Cleber Gellio | 07/12/2013 20:20
Para Elóy, Funai não age mais por falta de verba (Foto: Cleber Gellio)
Para Elóy, Funai não age mais por falta de verba (Foto: Cleber Gellio)

Reunidos em “Ato em Apoio aos Direitos dos Povos Indígenas”, índios criticaram o “Leilão da Resistência”, realizado neste sábado (7), em Campo Grande, e acusaram a bancada ruralista de enfraquecer a Funai (Fundação Nacional do Índio).

“O leilão é totalmente ilegal, os fins do evento são ilícitos”, avaliou o índio Luiz Henrique Elóy. Ele, inclusive, foi um dos advogados que assinou ação com pedido de liminar para barrar o evento. A decisão até saiu, mas foi revertida em recurso dos produtores na noite de ontem (6).

Para Lindomar Terena, líder de APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), o leilão mostra que “Mato Grosso do Sul é um Estado onde não existe mais lei”. “Vamos levar isso e denunciar para o fórum de direitos humanos”, disse.

Elóy ainda atacou a bancada ruralista e a acusou de agir contra a Funai. “Hoje, a Funai é fraca, sem verba e sem infraestrutura por ação da bancada ruralista, que interfere nas emendas à fundação e, sem dinheiro, a instituição não consegue agir”, comentou.

Em contrapartida, ele está confiando em ações da União para resolver o conflito por terras em Mato Grosso do Sul. “Nós próximos, dias vai sair um plano de proteção às comunidades indígenas, tanto Guarani quanto Terena, não tenho detalhes, mas sei que a Funai está elegendo as áreas mais críticas do Estado para apresentar uma saída”, contou.

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