A 12h acampados em frente ao lixão, indígenas aguardam manifestação de prefeita
O grupo de aproximadamente 120 indígenas continua em frente ao Lixão de Miranda, cidade distante 201 quilômetros de Campo Grande, e bloqueiam a entrada do local. Eles estão com acampamento montado desde às 6h de hoje (20), como forma de protesto. Os indígenas querem uma reunião com a prefeita Marlene de Matos Bossay (PMDB) e dizem que não vão liberar o espaço enquanto ela não atendê-los.
Os manifestantes reivindicam melhorias na infraestrutura, saúde e educação das comunidades. Segundo o cacique Branco, um dos representantes do movimento, a prefeita ainda não se pronunciou ao grupo.
O grupo, representado por 8 aldeias e duas áreas de retomada de Miranda, pede iluminação pública, maior atenção às pontes, transporte escolar nas áreas de retomada e, em especial, que a prefeita retome a Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas.
Em frente ao Lixão do município, que fica na MS-446, há três caminhões de coleta de lixo parados desde a tarde de hoje, por causa do bloqueio dos indígenas em frente à entrada do local.
Contudo, de acordo com o cacique, o protesto está pacífico até o momento. Ele conta que uma guarnição da Polícia Militar esteve no local, mas ficou por pouco tempo e foi embora. Não houve nenhum confronto ou tentativa de negociação.
“Esse é um protesto contra a prefeita, que desde quando assumiu não nos recebeu em uma audiência, que viemos tentando sempre”, ressalta o cacique Branco. Conforme o líder indígena, uma média de 7,5 mil índios vivem nas aldeias de Miranda e enfrentam dificuldades em relação a infraestrutura dos locais.
A reportagem procurou, desde a manhã de hoje, a Prefeitura Municipal de Miranda, por telefone, mas as ligações não foram atendidas.