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Interior

Agente penitenciário é preso com munições em operação do Gaeco

Helio de Freitas, de Dourados | 22/09/2017 10:30
Agente penitenciário é conduzido por policiais do Gaeco (Foto: Adilson Domingos)
Agente penitenciário é conduzido por policiais do Gaeco (Foto: Adilson Domingos)

Um agente penitenciário que não teve o nome revelado foi detido durante a Operação Fraus, que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desencadeou hoje (22) em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Quando cumpriam os seis mandados de busca e apreensão na cidade, os policiais e promotores do grupo encontraram grande quantidade de munições na casa do servidor, que foi detido e levado para a 1ª Delegacia de Polícia e depois encaminhado para a 2ª DP, já que a ocorrência ocorreu na área de atuação dessa delegacia.

O Gaeco cumpre nesta sexta, mandados de busca e apreensão na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e contra cinco agentes penitenciários. De acordo com a assessoria do Gaeco, a operação investiga crimes de peculato e organização criminosa.

Os mandados foram cumpridos nas casas dos investigados e na penitenciária, localizada na margem da BR-163, na saída para Campo Grande. O presídio é o mais superlotado do Mato Grosso do Sul, com pelo menos 2.500 internos. As equipes do Gaeco já retornaram para a sede do Ministério Público, carregando malotes com documentos aprendidos, como mostra o vídeo abaixo.

Essa é a segunda operação desencadeada nos últimos meses pelo Gaeco tendo como alvos agentes penitenciários de Dourados. No dia 10 de maio, o grupo iniciou a Operação Apanágio, que prendeu o agente penitenciário Rogélio Vasques Vieira, ex-diretor do presídio semiaberto de Dourados. Mais cinco pessoas ligadas a ele também são investigadas. Vieira continua preso e recentemente teve os bens bloqueados pela Justiça.

Enquanto esteve na direção do presídio, Rogélio teria, segundo a ação do MP, desviado dinheiro das vendas da cantina e da produção da padaria, feito liberação ilegal de presos, recebido vantagens para concessão de benefícios a presos e de ter criado empresas de fachada.

Ainda conforme o MP, entre as práticas estava a venda ilegal de espetinhos dentro do presídio semiaberto. Além de proibido, o esquema contava com desvio de mercadorias adquiridas para a cantina do local e o lucro, que deveria ser usado para manutenção do sistema, destinado ao então diretor do estabelecimento. (Colaborou Adilson Domingos)

 

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