Após bloqueio em terminal de ônibus, universitários protestam nas ruas
Estudantes de duas universidades públicas de Dourados protestam por mais segurança em ônibus e contra atrasos e superlotação
Estudantes universitários bloquearam o terminal de transbordo por mais de uma hora na manhã desta quinta-feira em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Com faixas e cartazes eles ficaram parados em frente à saída dos ônibus no terminal localizado na Rua Onofre Pereira de Matos, no centro, das 6h às 7h10. Após liberar o local, por onde passam os ônibus que ligam os bairros ao centro, os manifestantes saíram em passeata até a Praça Antonio João, onde permanecem concentrados.
O protesto, anunciado ontem pelo movimento estudantil, pede mais segurança no transporte coletivo dos alunos que diariamente utilizam os ônibus para chegar à Cidade Universitária, onde ficam os campi da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), a cerca de 20 km do centro.
Na semana passada, o motorista de um ônibus saltou um quebra-molas na Avenida Guaicurus e uma estudante sofreu um corte após bater a cabeça no teto e teve de receber 23 pontos.
Os estudantes reclamam também da superlotação e do atraso nos horários de ônibus. Diariamente, a empresa Medianeira, que explora o transporte coletivo urbano em Dourados, transporta em média 3.800 universitários na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Eles pagam 50% da passagem de R$ 2,50 e aproveitaram para protestar contra o aumento da tarifa, congelada desde 2011.
A estudante de pedagogia da Uems Gisele dos Santos, uma das organizadoras do movimento, disse ontem que os universitários devem ser recebidos hoje pelo gerente da Medianeira em Dourados, Marcelo Sacol.
Ao Campo Grande News, Marcelo Sacol afirmou que todos os anos após o início das aulas existe um período de adaptação dos horários, já que muitos cursos liberam os estudantes em hora diferente. “Temos cem horários de ônibus para as universidades todos os dias. Esses problemas de atrasos ocorrem no início das aulas, mas são resolvidos assim que a empresa fizer as mudanças necessárias”.
Sobre o acidente com o ônibus da empresa, ele disse que a rodovia está em obras e por isso falta sinalização em vários pontos. Marcelo afirmou que o motorista não viu o quebra-molas porque além da falta de sinalização estava escuro e chovendo no momento. “A empresa prestou toda a assistência necessária para a estudante”.