Bloqueio em rodovia completa 24 horas sem negociação com indígenas
Indígenas protestam por falta de água nas aldeias Jaguapiru e Bororó
O bloqueio da MS-156 entre as cidades de Dourados e Itaporã, assim como no anel viário de Dourados, completa 24 horas nesta terça-feira (26). O protesto é organizado por indígenas das Aldeias Jaguapiru e Bororó, que cobram das autoridades o retorno da água nessas comunidades.
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O bloqueio da MS-156 entre Dourados e Itaporã, promovido por indígenas das Aldeias Jaguapiru e Bororó, já dura 24 horas, com os manifestantes exigindo o retorno da água nas comunidades. O capitão da Aldeia Jaguapiru, Ramão Fernandes, afirmou que não houve avanços nas negociações com o governo, e os moradores exigem compromissos formais para o abastecimento de água. A ministra dos Povos Indígenas anunciou que as aldeias de Dourados serão atendidas na segunda fase do programa "Água para Todos", mas sem previsão de início. Além disso, o MST também bloqueou rodovias em protesto por terras e assistência, causando congestionamentos significativos na região.
Ainda na segunda-feira (25), o capitão da Aldeia Jaguapiru, Ramão Fernandes, disse que não houve avanço nas negociações com representantes do governo estadual e, por isso, todos os pontos continuariam fechados.
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Segundo ele, para liberar as estradas, os moradores exigem que os governos federal e estadual e as prefeituras de Dourados e de Itaporã assinem documentos se comprometendo a fornecer água em caminhões-pipa e a perfuração de poços para garantir o abastecimento.
Na sexta-feira (22), ao cumprir agenda em Ponta Porã, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, informou que as aldeias de Dourados serão atendidas na segunda etapa do programa “Água para Todos”.
O programa terá R$ 60 milhões para levar água a oito aldeias indígenas nos municípios de Amambai, Caarapó, Japorã, Juti, Paranhos e Tacuru, mas não há previsão de quando será implantado em Dourados. “Agora é tudo ou nada. Se a gente não for para a briga, vamos passar Natal e Ano Novo sem água”, disse o capitão, cargo equivalente a prefeito da aldeia.
A PMR (Polícia Militar Rodoviária) foi procurada quanto à situação na rodovia, mas não retornou até a publicação desta matéria.
Outro protesto – Também na manhã de ontem (25), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) também realizou bloqueio na BR-262, entre as cidades de Anastácio e Miranda, e MS-386, entre Antônio João e Ponta Porã.
Nesse movimento, cerca de 800 manifestantes reivindicavam terras, crédito e alimentação para famílias acampadas, além de respostas concretas do Incra-MS sobre novos assentamentos ainda em 2024.
O protesto durou 8h e as pistas foram liberadas por volta do meio-dia. O congestionamento na região ultrapassou os dois quilômetros.
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