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Interior

Colômbia pede ajuda aos EUA para investigar execução de promotor paraguaio

Mulher de Marcelo Pecci está grávida e postou foto em rede social minutos antes de o marido ser morto

Helio de Freitas, de Dourados | 10/05/2022 13:51
Marcelo Pecci e a mulher, a jornalista Claudia Aguilera, em foto na praia de Cartagena (Foto: Reprodução)
Marcelo Pecci e a mulher, a jornalista Claudia Aguilera, em foto na praia de Cartagena (Foto: Reprodução)

A polícia colombiana pediu apoio aos Estados Unidos para investigar a execução do promotor de Justiça Marcelo Pecci, 45, ocorrida na manhã desta terça-feira (10). Ele foi morto por pistoleiros na praia privada do hotel Decamerón, na província de Barú, em Cartagena das Índias, na costa caribenha da Colômbia.

Chefe da força-tarefa contra o crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo, Pecci atuava também contra as quadrilhas que dominam o tráfico de drogas na linha internacional entre Paraguai e Mato Grosso do Sul.

Além do apoio norte-americano, o chefe da polícia colombiana, general Jorge Luis Vargas, disse que também entrou em contato com a procuradora-geral do Paraguai Sandra Quiñonez e pediu designação de equipe paraguaia para ajudar nas investigações.

Investigadores colombianos estão vasculhando a lista de passageiros que chegaram de avião a Cartagena nos últimos dias. A suspeita é que os criminosos tenham seguido o promotor desde o Paraguai.

O acesso ao hotel onde Marcelo Pecci passava lua de mel com a esposa, a jornalista Claudia Aguilera, só é possível de embarcação, mas ainda não está claro se os pistoleiros estavam na península ou chegaram de lancha.

“O mataram e desapareceram”, disse Claudia em entrevista a uma rádio da Colômbia. Segundo ela, os criminosos ainda atiraram em um segurança do hotel que tentou impedir a fuga. Imagens da jornalista sozinha sobre o corpo do marido ganharam destaque na imprensa da América do Sul.

Marcelo Pecci estava na costa colombiana como uma pessoa comum. Ele viajou sozinho com a mulher e não contava com segurança. Nem mesmo as autoridades da Colômbia foram avisadas da presença do promotor que há 9 anos integrava a luta contra o crime organizado no Paraguai.

Sapatinhos de bebê e ao fundo o casal na postagem para anunciar gravidez (Foto: Reprodução)
Sapatinhos de bebê e ao fundo o casal na postagem para anunciar gravidez (Foto: Reprodução)

Lua de mel – Marcelo Daniel Pecci Albertini e Claudia Aguilera se casaram no dia 30 de abril em Asunción. Há três dias estavam em Cartagena das Índias para a lua de mel.

Poucos minutos antes do assassinato, a jornalista postou foto em suas redes sociais para anunciar que está grávida. “O melhor presente de casamento é a vida aproximando-se do testemunho mais lindo do amor”, escreveu junto com a foto mostrando par de sapatinhos de bebê e o casal se beijando ao fundo.

O ex-promotor e ex-ministro do Interior do Paraguai Arnaldo Giuzzio, afirmou que o assassinato de Marcelo Pecci é um recado do crime organizado às autoridades que lutam contra o narcotráfico em solo paraguaio. “Tenho certeza que a ordem para assassinar Marcelo partiu daqui do Paraguai”.

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