Com medo da gripe suína, prefeito suspende aulas e juiz fecha o Fórum
Naviraí teve três mortes causadas pelo vírus H1N1 na semana passada; ontem as escolas decidiram manter as aulas, mas o prefeito Léo Matos preferiu antecipar as férias, para evitar uma epidemia

As aulas em todas as escolas públicas de Naviraí, cidade a 366 km de Campo Grande, estão suspensas por dez dias a partir desta quarta-feira (18). Até o Fórum da cidade está fechado nesta semana, por medo de uma epidemia da doença.
A decisão foi tomada no fim da tarde de ontem pelo prefeito Léo Matos (PSD) como medida para evitar uma epidemia de gripe transmitida pelo vírus H1N1.
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Três moradoras da cidade, de 56, 59 e 66 anos, morreram na semana passada em decorrência da doença, que já chamada de gripe suína. Em todo o Mato Grosso do Sul, 15 pessoas morreram neste ano de complicações provocadas pela influenza. Os dados são da semana passada.
Ontem de manhã, diretores e coordenadores de escolas municipais e estaduais de Naviraí se reuniram para avaliar a suspensão das aulas, mas decidiram manter o calendário letivo. No fim da tarde, no entanto, o prefeito Léo Matos comunicou em sua rede social que as aulas serão suspensas a partir de amanhã.
Segundo o assessor de comunicação da prefeitura, Soares Filho, Léo Matos tomou a decisão para preservar a saúde dos estudantes, já que a prevenção é a única forma de evitar o contágio.
“Muitos pais que não estavam permitindo filhos irem à escola. Por isso as férias da Reme e também da rede estadual serão antecipadas em Naviraí. Hoje a Secretaria Municipal de Educação vai oficializar as escolas particulares e universidades para que façam o mesmo”, afirmou o jornalista.
Fórum sem atendimento – As atividades do Fórum de Naviraí estão suspensas de ontem até sexta-feira (20), por decisão do diretor, juiz Paulo Roberto Cavassa de Almeida. Ele levou em conta o grande fluxo de pessoas registrado diariamente no prédio.
Em portaria assinada ontem, o magistrado decidiu suspender todos os atendimentos externos, audiências e sessões de mediação “para preservar a incolumidade dos magistrados, servidores e dos próprios jurisdicionados”.
Continuam funcionando normalmente o setor de protocolo e distribuição física dos processos ou procedimentos com caráter de urgência. Os demais serviços de caráter interno estão mantidos.
Para tomar a decisão, o juiz levou em conta as três mortes ocorridas na cidade e os casos suspeitos de gripe provocada pelo vírus H1N1 que ainda aguardam resultado de exame.
Segundo Paulo Cavassa, apesar de a vacina ter sido disponibilizada pelo Tribunal de Justiça para magistrados, servidores e estagiários, não foi possível imunizar todos os funcionários do Poder Judiciário por falta de doses.