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Interior

"Confiantes", PMs passam 1ª noite na cadeia e defesa prepara habeas corpus

Eles foram alvos de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)

Por Viviane Oliveira | 18/05/2024 11:45
Bruno César, preso na manhã de ontem, em foto tirada no dia de festa, com crachá que diz "Produção" (Foto: Reprodução dos autos de processo)
Bruno César, preso na manhã de ontem, em foto tirada no dia de festa, com crachá que diz "Produção" (Foto: Reprodução dos autos de processo)

Os policiais Valdeci Alexandre dos Santos, de 41 anos, e Bruno César Malheiros dos Santos, de 33 anos, presos pela morte do ex-vereador Wander Alves Meleiro, o "Dinho Vital", no dia 8 deste mês, passaram a primeira noite no Presídio Militar Estadual em Campo Grande.

Os dois foram alvos de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã de ontem em Anastácio, e se entregaram depois de serem comunicados das ordens de prisão temporária (30 dias).

Segundo o advogado Lucas Arguelho Rocha, representante dos PMs, os clientes estão confiantes de que a verdade vai prevalecer. “Através de uma investigação isenta, tanto pelo Ministério Público quanto pela Corregedoria da Polícia Militar”, disse. Ele informou ainda que prepara o pedido de habeas corpus.

“A defesa confia plenamente que todas as investigações serão isentas, sem ouvir o clamor popular, mas sim, que buscarão a verdade real, sem qualquer tipo de interferência social, razão pela qual a defesa apresentou e apresentará testemunhas essenciais à elucidação do caso”, ressaltou.

De acordo com o Gaeco, além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos três ordens de busca e apreensão, nas casas dos PMs e do ex-prefeito de Anastácio, Douglas Figueiredo (PSDB), que foi levado à delegacia por posse ilegal de armas de fogo.

Foram apreendidas na residência do ex-prefeito duas carabinas, calibre 22 e 38, uma pistola 9 milímetros, um carregador e 14 munições, tudo sem documentação. Os endereços vasculhados foram nas “irmãs” Anastácio e Aquidauana. Douglas deixou a prisão ontem mesmo após pagar fiança estipulada em R$ 15 mil.

No dia do velório do ex-vereador, faixa afixada em frente à Câmara Municipal pedia por Justiça (Foto: Henrique Kawaminami) 
No dia do velório do ex-vereador, faixa afixada em frente à Câmara Municipal pedia por Justiça (Foto: Henrique Kawaminami)

Crime - Douglas e os PMs são investigados pela morte do ex-vereador. Dinho foi morto na BR-262, no fim da tarde do dia 8 de maio, logo após brigar com o ex-prefeito durante festa de comemoração do aniversário de 59 anos de Anastácio, em uma chácara próxima à rodovia.

Testemunhas afirmam que os dois policiais trabalhavam como seguranças de Douglas, mas ambos negam e alegam que estavam na festa por motivos diferentes. Valdeci explicou que foi convidado por amigo e Bruno afirmou em depoimento que estava de folga e fez parte da produção da banda contratada para animar a comemoração.

Ainda segundo relataram testemunhas, o ex-vereador, aparentemente alcoolizado, discutiu com Figueiredo na festa. A briga começou depois que o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou que lançaria o tucano pré-candidato pelo partido, e foi separada por outros frequentadores. O ex-vereador foi retirado do local, mas voltou armado e fez ameaças. Foi quando os policiais decidiram abordá-lo.

Conforme os depoimentos de Valdeci e Bruno, Dinho Vital reagiu e houve troca de tiros. A vítima, contudo, levou um tiro nas costas. O Fiat Toro ficou com o pneu furado às margens da rodovia e uma arma foi encontrada próxima ao corpo. Douglas nega qualquer participação no crime.

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