“Dói muito ainda”, diz mãe que vai encarar assassino da filha em julgamento
O julgamento de Diego de Souza Mendonça, de 26 anos, acontece no Fórum de Nioaque, nesta segunda-feira
Rosimeire Almodin Aran, mãe de Mayara Almodin Aran Florenciano, de 29 anos, enfrenta nesta segunda-feira (30) um dos momentos mais difíceis desde o assassinato da filha. Ela vai ver, pela primeira vez, o acusado cara a cara no tribunal. O julgamento de Diego de Souza Mendonça, de 26 anos, acontece no Fórum de Nioaque, a 184 quilômetros de Campo Grande.
RESUMO
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Rosimeire Almodin Aran busca justiça pelo assassinato da filha, Mayara, em Nioaque (MS). O julgamento de Diego de Souza Mendonça, ex-namorado da vítima e acusado do crime, acontece nesta segunda-feira (30). Rosimeire expressa nervosismo e dor, mas espera que a justiça seja feita. Mayara foi morta a tiros em fevereiro de 2024 após uma festa de Carnaval. Segundo a mãe, Diego não aceitava o fim do relacionamento e tinha histórico de perseguição e violência contra Mayara. O crime impactou profundamente a família, especialmente o filho de Mayara, que tinha 14 anos na época. Testemunhas afirmam que Diego atirou em Mayara quando ela chegava em casa. Ele fugiu, mas foi preso posteriormente.
“Estou muito nervosa, dói muito ainda. Que a Justiça seja feita. Que tudo dê certo, que a gente mantenha a tranquilidade, porque não vai ser fácil”, desabafou Rosimeire em entrevista ao site Jardim MS News.
Mayara foi morta a tiros no dia 11 de fevereiro de 2024. Segundo testemunhas, Diego, ex-namorado da vítima, a surpreendeu quando ela chegava em casa após uma festa de Carnaval, acompanhada de amigos.
Segundo a mãe, a família nunca aceitou o relacionamento e que Mayara havia relatado episódios de perseguição e violência. “Ele perseguia ela, já jogou o carro em cima da moto dela. Quando brigavam e ela não queria falar com ele, ele jogava pedra em casa. Esse homem não é certo”, afirmou.
O que mais pesa para a mãe, além da perda, é o impacto na vida do neto que precisou passar por tratamento psicológico. “Hoje ele tem 15 anos, mas quando a mãe morreu, completou 14 anos três dias depois. Esse foi o presente que ele deu para o filho dela: a mãe morta no caixão”, disse, emocionada. O resultado do julgamento presidido pelo juiz Luciano Pedro Beladelli será divulgado no período da tarde.

Caso - Mayara foi morta na madrugada do dia 11 de fevereiro do ano passado, na Rua Retirada da Laguna, no Bairro São Miguel. Na ocasião, uma testemunha contou que viu o momento em que Diego atirou três vezes contra Mayara. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal da cidade, mas não resistiu. Após o crime, o rapaz fugiu, mas foi preso logo depois.
Segundo a Polícia Civil, a jovem estava numa festa de Carnaval, quando pegou carona para ir embora com um casal de amigos. Chegando em casa, antes de descer do carro, um outro veículo encostou atrás do automóvel, onde a vítima estava. Ela ainda comentou que era o seu ex.
O suspeito então desceu do carro, foi até onde a vítima estava, abriu a porta do passageiro e disparou contra ela. A perícia foi acionada e encontrou um projétil dentro do veículo. Mayara foi socorrida ao hospital municipal, mas não resistiu. Há relatos de que o suspeito já havia feito ameaças contra a ex-namorada.
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