Curso prepara elite para enfrentar o crime organizado em MS
Treinamento reúne agentes de várias forças e estados, com foco em operações de alto risco

Com foco em preparar agentes para atuar nas situações mais extremas da segurança pública, a 3ª edição do COP (Curso de Operações Policiais), promovido pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), se consolida como ferramenta estratégica no combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
“O COP habilita o policial a trabalhar nos grupos táticos das mais diversas instituições policiais do Brasil. Aqui em Mato Grosso do Sul, esse treinamento é essencial para quem deseja atuar no Garras e enfrentar o crime organizado com competência e legalidade”, afirma o delegado Pedro Henrique Pillar Cunha, coordenador do curso.
Voltado a policiais civis do Estado e de outras instituições do país, o curso oferece capacitação física, técnica e psicológica para atuação em operações de alto risco. Nesta edição, foram ofertadas 50 vagas, 40 para policiais civis sul-mato-grossenses e 10 para agentes de outras forças de segurança e recebeu 37 inscritos.
O processo seletivo inclui teste de aptidão física, prova técnica de tiro e entrevista. Segundo o delegado, o curso segue padrões estabelecidos pelo CNCOP (Comitê Nacional dos Coordenadores de Operações Policiais), garantindo nivelamento nacional para atuação em unidades táticas.
“O candidato precisa comprovar não apenas força e resistência física, mas preparo psicológico e conhecimento técnico. É um nivelamento essencial para atuar em um Estado de fronteira, onde enfrentamos situações de altíssimo risco”, explica Pillar.
As aulas abordam desde disciplinas teóricas até treinamentos práticos como rusticidade, combate em ambiente confinado, intervenção policial, adaptação ao Pantanal (realizada com apoio dos fuzileiros navais, em Corumbá) e técnicas de preservação da vida em confrontos armados.

“Preparamos o policial para agir com equilíbrio, técnica e dentro da legalidade. O curso trabalha com situações reais, principalmente envolvendo confronto com faca, que muitas vezes é mais letal que a arma de fogo”, afirma. A doutrina norte-americana dos 21 pés, por exemplo, é usada como base em treinamentos sobre reação a ataques com armas brancas.
Além de policiais civis de diversos estados, como Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Pará, o curso tem a presença de policiais penais federais, estaduais (MG, CE e MS) e guardas municipais. “A procura é reflexo da credibilidade do COP. Eu fui aluno na última edição e posso dizer que essa formação muda o padrão de atuação do policial”, reforça o delegado.
Segundo ele, concluir o curso é requisito para atuar no Garras. “A formação no COP é a porta de entrada para a nossa unidade. Um policial só está apto a operar aqui se tiver esse selo de excelência”, diz.
Com atuação estadual e foco nas ocorrências de maior complexidade e periculosidade, principalmente ligadas ao crime organizado e às facções que atuam nas fronteiras com Paraguai e Bolívia, o Garras depende de agentes altamente preparados.
“A formação técnica, física e psicológica oferecida no COP é o que garante que esses profissionais estejam prontos para proteger vidas e dar respostas à altura da gravidade das situações que enfrentamos em Mato Grosso do Sul”, finaliza Pillar.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.