Operação apreende carga de éter suficiente para produzir 75 toneladas de cocaína
Ao todo foram apreendidos 25 mil litros do produto químico usado para cristalizar a droga
RESUMO
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Apreensão recorde de éter em Mato Grosso do Sul. Autoridades apreenderam 25 mil litros da substância, suficiente para produzir 75 toneladas de cocaína. A operação conjunta entre Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Militar ocorreu em Corumbá. O motorista, de 36 anos, foi preso. A carga ilícita tinha como destino a Bolívia, e reforça a intensificação da fiscalização na região. A Receita Federal destaca o sucesso da estratégia nos últimos quatro anos, com queda expressiva na exportação de outros precursores químicos, como o acetato de etila.
Em uma operação conjunta realizada pela Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, resultou na apreensão de uma carreta transportando aproximadamente 25 mil litros de éter, produto químico utilizado como precursor na cristalização da cocaína. A ação ocorreu em Corumbá, a 420 quilômetros de Campo Grande, e contou com o trabalho de inteligência dos três órgãos.
De acordo com estimativas baseadas em análises de laboratórios clandestinos já identificados, a quantidade de éter apreendida poderia ser usada para processar ao menos 25 toneladas de cocaína pura. Após os processos de adulteração típicos do comércio ilegal da droga, o volume final poderia chegar a cerca de 75 toneladas.
O motorista do veículo, de 36 anos, foi preso e conduzido à delegacia da Polícia Federal, onde será submetido aos procedimentos legais. A carreta com a carga foi apreendida.
Segundo a Receita Federal, a operação integra os esforços contínuos para fiscalizar a exportação de produtos químicos para a Bolívia, com ênfase especial nos precursores químicos usados na produção de cocaína. Nos últimos quatro anos, essa fiscalização tem se intensificado.
Como exemplo da eficácia dessas ações, o volume de exportação de acetato de etila, outro precursor utilizado pelo narcotráfico, caiu drasticamente: de 2,8 milhões de litros por ano para apenas 56 mil litros em 2024, considerando-se apenas os recintos alfandegários oficiais.