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Cidades

Mais da metade das UBS de MS precisam de reforma, aponta pesquisa

5,4% das unidades de saúde não têm acesso à internet, conforme o Censo das UBS

Por Guilherme Correia | 30/06/2025 14:12
Mais da metade das UBS de MS precisam de reforma, aponta pesquisa
Unidade Básica de Saúde do Bairro Nova Bahia, região norte de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Mato Grosso do Sul possui 606 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) espalhadas pelo Estado, dos quais mais de 93% têm sede própria. Apesar da cobertura ampla e de indicadores acima da média nacional em diversos quesitos, levantamento do Ministério da Saúde aponta que mais da metade das unidades, 62,7%, precisariam de reforma.

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Mais da metade das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Mato Grosso do Sul necessitam de reformas, segundo dados do Ministério da Saúde. O levantamento aponta que 62,7% das 606 UBS do estado, em sua maioria prédios próprios, precisam de reparos. Além disso, 15,2% sofreram danos por desastres climáticos nos últimos cinco anos. Apesar da necessidade de reformas, o estado se destaca na oferta de serviços. A cobertura de atendimento a hipertensos e diabéticos ultrapassa 97%, enquanto testes rápidos para HIV e pré-natal realizado por enfermeiros estão disponíveis em mais de 94% das unidades. Há médicos e enfermeiros em mais de 96% das UBS. Contudo, a dispensação de glicosímetros e a disponibilidade de apenas uma equipe de Saúde da Família por unidade são pontos de atenção.

Além disso, segundo o Censo UBS 2024, 15,2% das unidades sofreram danos causados por desastres climáticos nos últimos cinco anos.

A maioria das UBS (93,2%) está classificada como centros ou unidades básicas de saúde tradicionais. Apenas 6,3% funcionam como postos de saúde e 0,3% como unidades mistas. O Estado lidera a região Centro-Oeste em proporção de imóveis próprios para UBS, superando Mato Grosso (91,7%), Goiás (89,5%) e ficando atrás apenas do Distrito Federal, que possui 100% de seus estabelecimentos em imóveis próprios.

Entre os serviços oferecidos, o Estado apresenta cobertura quase total em atendimento a hipertensos (97,2%) e diabéticos (97,6%).

O pré-natal realizado por enfermeiros está presente em 95,9% das unidades, e testes rápidos para HIV são ofertados em 94,8% delas. No entanto, a dispensação de glicosímetros ainda é restrita: menos da metade das UBS (45,2%) distribuem o equipamento para monitoramento da glicose.

A saúde bucal também apresenta bons indicadores: 74,4% das UBS contam com equipes odontológicas, e 93% realizam extrações dentárias. A cobertura de consultórios é de 82,7%.

No que diz respeito aos recursos humanos, 96,2% das unidades contam com médicos, 96,6% com enfermeiros e 91,1% com agentes comunitários de saúde (ACS). A maioria das unidades (67%) opera com apenas uma equipe de Saúde da Família (eSF), o que pode limitar a capacidade de atendimento em localidades com maior demanda.

Saúde digital — Embora 94,6% das UBS tenham acesso à internet, apenas 65,2% contam com conexão considerada adequada para atividades como telessaúde e webconsultas.

O prontuário eletrônico está presente em 95,3% das unidades, e a média de computadores por UBS é de 7,6.

Em relação a infraestrutura de equipamentos das unidades sul-mato-grossenses, 6,3% têm eletrocardiógrafos, 19% contam com DEA (desfibrilador automático) e 59,2% têm oxigênio disponível. Já as salas de vacinação estão presentes em 76,7% das unidades, indicador alinhado à média nacional.

No contexto da gestão, 97% das unidades estão sob responsabilidade das secretarias municipais de saúde, e 92,6% funcionam ao menos 10 turnos por semana, geralmente em horário integral (manhã e tarde).

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