Execução de jornalista na fronteira repercute da prefeitura ao Congresso
Classe política lamentou morte e cobrou ações em segurança
A execução do jornalista Lourenço Veras, o Leo, na noite desta quarta-feira (12), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, foi repercutida pela classe política local e nacional.
Prefeito do município sul-mato-grossense, Hélio Peluffo lamentou o ocorrido, “principalmente pela violência”.
O gestor ainda manifestou solidariedade “com familiares e imprensa fronteiriça pela perda do profissional”.
A senadora por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB), escreveu no Twitter que o assassinato do jornalista do site Porã News “é mais um capítulo escrito pelo crime organizado” e “não pode ficar impune”.
A parlamentar também prestou “solidariedade aos familiares e amigos”. Segundo ela, a execução é mais um “sinal da urgência em investir na segurança nas fronteiras”, a fim de mantê-las “blindadas e seguras do livre trânsito de criminosos, traficantes e assassinos”.
“Pelas fronteiras passam contrabando, tráfico, pirataria, lavagem de dinheiro... Financiam o crime organizado. Aterrorizam as nossas cidades. Impactam todo o Brasil”, completou Simone.
Do Rio de Janeiro, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) também comentou a morte de Leo Veras. Ele relacionou a execução do jornalista à ação de “narcoterroristas”.
Caso - Veras já havia denunciado à polícia as ameaças de morte que teria sofrido, devido ao seu trabalho cobrindo investigações e o narcotráfico na fronteira do Brasil com o Paraguai, em Mato Grosso do Sul.
Na noite de ontem, três pistoleiros encapuzados invadiram sua casa no Jardim Aurora, em Pedro Juan Caballero, e o mataram com pelo menos 12 tiros.
O jornalista tentou correr, mas foi atingido nas costas e caiu no quintal da casa. Já no chão, levou o “tiro de misericórdia” na cabeça. Veras chegou a ser socorrido a um hospital particular, mas morreu quando era atendido.