Incêndio avança e atinge área em recuperação na Serra do Amolar
Reserva foi duramente atingida pelas chamas, em 2020, e havia recebido 25 mil mudas
RESUMO
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O fogo na região da Serra do Amolar, em Corumbá, se intensificou e atingiu a RPPN Acurizal, que estava em recuperação após os incêndios de 2020. As chamas se espalharam devido à força dos ventos e altas temperaturas, atingindo 11 km dentro da reserva. A região está em chamas há duas semanas e a chuva não foi suficiente para extinguir o fogo. Brigadistas do IHP, Prevfogo/Ibama e duas aeronaves estão trabalhando para combater as chamas, mas a tarefa é desafiadora devido ao calor e ao terreno de difícil acesso. Investigações da PF apontam que parte dos incêndios no Pantanal é criminosa, incluindo grilagem de terras e uso de fogo para abrir pastos.
O fogo não dá trégua para região da Serra do Amolar, em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande. Agora, as chamas se intensificaram e chegaram até a RPPN (Reserva Particular Patrimônio Natural) Acurizal, que estava em recuperação por conta dos incêndios de 2020. A área havia recebido 25 mil mudas.
As chamas se alastraram por conta da força dos ventos e das temperaturas acima de 40ºC. Ontem, o fogo atingiu extensão de 11 quilômetros dentro da RPPN Acurizal.
De acordo com informações do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), toda a região da Serra do Amolar está sendo atingida pelo fogo há duas semanas e a chuva dos últimos dias não foi suficiente para debelar totalmente as chamas.
Além dos seis brigadistas da Brigada Alto Pantanal, outros 38 brigadistas do Prevfogo/Ibama foram mobilizados. As equipes ainda tem apoio de duas aeronaves para dispersão da água. O trabalho, no entanto, é difícil por conta das altas temperaturas e pela área de difícil acesso.
Duas operações da PF (Polícia Federal) apontam que parte dos incêndios que varrem o Pantanal tem origem criminosa: grilagem de terra da União, uso do fogo para abrir pasto e ganhar dinheiro.
No dia 20 de setembro, a PF deflagrou a Prometeu para investigar fazendeiros da “alta sociedade” de Corumbá por incêndio, desmatamento e grilagem de terra pública.
Em 10 de outubro, a segunda operação foi a campo após perícia da Polícia Federal identificar que aproximadamente 30 mil hectares do bioma Pantanal foram queimados por ação dos investigados.
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