Indígenas ocupam área e seguranças os denunciam por cárcere privado
Não houve ameaças, mas chefe de vigilância disse que seis estão na sede da fazenda sem poder entrar nem sair
Seguranças de fazenda em Dourados são impedidos de entrar ou sair da Estância Fênix desde ontem, por volta das 18h, por indígenas, segundo boletim de ocorrência de sequestro e cárcere privado registrado na Delegacia de Pronto Atendimento da cidade. Chefe de vigilância da propriedade ligou para a Polícia Militar que fez rondas pela região e constatou cerca de 15 indígenas entre homens, mulheres e crianças por lá.
Não houve ameaças, mas segundo o chefe, Gilberto da Silva, seis seguranças armados estão na sede da fazenda sem poder sair e também os indígenas não estariam permitindo que seja levada água ou alimentos aos homens.
Com a notificação, os policiais, através do CFP (Comando Força Patrulha) fez rondas na região e usou drones para fazer imagens da localidade e identificaram 15 indígenas construindo barracos a cerca 50 metros de distância da pista do anel viário, ao lado da estrada que dá acesso à Estância Fênix.
A PM não entrou no local porque, “não vislumbrou segurança para as guarnições de atendimento, assim não adentrou na propriedade para averiguar a situação das pessoas que se encontram na sede da Estância Fênix, uma vez que, para ter acesso à sede é necessário passar pelo indígenas invasores”, cita o boletim de ocorrência.
Há ainda no registro a informação de que o subcomandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, major Vieira, entrou em contato com a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) na tentativa de “resolver a situação de forma pacífica”, mas não conseguiu falar com ninguém.