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Interior

Índios e Polícia entram em confronto e quatro ficam feridos em Sidrolândia

Aline dos Santos e Viviane Oliveira, de Sidrolândia | 30/05/2013 10:20
Índio chega ao hospital de Sidrolândia, baleado. (Foto: Região News)
Índio chega ao hospital de Sidrolândia, baleado. (Foto: Região News)

A desocupação da fazenda Buriti, em Sidrolândia, que acontece na manhã desta quinta-feira, já resultou em quatro feridos. Conforme informações obtidas no hospital beneficente Dona Elmira Silvério Barbosa, eles deram entrada com ferimento de bala de borracha.

Os terenas foram levados ao hospital em carros de terceiro e caminhonete da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). O avicultor Rodrigo Cunico, de 29 anos, passava de carro pela estrada e encontrou os feridos. “Tinha um caído, com ferimento na barriga. Ele estava inconsciente”, relata.

Bastante nervoso, um indígena, que não quis se identificar, relatou que cerca de 50 policiais federais e da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) chegaram às 6h da manhã. Ele relata que foram pegos de surpresa, pois aguardavam serem intimados da decisão por um oficial de justiça.

Um dos feridos foi identificado como Mizael Reginaldo Francisco, de 46 anos. Ele foi atingido na perna. Conforme o advogado Newley Amarilha, que representa Ricardo Bacha, dono da fazenda Buriti, a reintegração já foi cumprida. “Eles não resistira e voltaram para a aldeia, que fica próxima à fazenda”.

A fazenda foi invadida pelos terena em 15 de maio. No mesmo dia, saiu uma decisão para que os índios deixassem o local. Mas a reintegração não foi cumprida no dia 18 e a decisão acabou suspensa até ontem, quando foi realizada audiência na Justiça Federal. Sem acordo entre as partes, o juiz Ronaldo José da Silva determinou o cumprimento da reintegração de posse.

Os índios reivindicam 17 mil hectares da aldeia Buriti que estão na posse de fazendeiros e que foram identificados em 2011 como terra indígena. A imprensa não teve acesso à fazenda Buriti. Um bloqueio com oito policiais armados impediu a entrada dos jornalistas para acompanhar o despejo dos terenas.

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