Índios fazem 7 reféns e continuam protesto em lixão de Miranda
Sete funcionários da Prefeitura de Miranda, cidade distante 201 quilômetros de Campo Grande, ficaram reféns, durante a manhã desta quarta-feira (21), do grupo de indígenas que bloqueia o lixão do município desde a manhã de ontem (20). O protesto dos terena continua e não há previsão de eles deixarem o local.
De acordo com a Polícia Civil de Miranda, as pessoas rendidas pelos índios são funcionários que trabalham nas aldeias e motoristas dos ônibus escolares que vão buscar os alunos da área rural do município.
Segundo o cacique Branco, um dos líderes do protesto, a intenção do grupo era apenas deixar os veículos apreendidos e ele nega que as pessoas tenham sido mantidas em cárcere privado, como relatou a polícia.
No total, 7 veículos estão retidos no lixão da cidade sob o poder dos indígenas, sendo um caminhonete, uma carrocinha, um carro de passeio e três ônibus escolares da Prefeitura. “Foi a maneira que encontramos de chamar a atenção da prefeita”, justifica o cacique Branco.
Os manifestantes reivindicam melhorias na infraestrutura, saúde e educação das comunidades. Eles querem uma reunião com a prefeita de Miranda, Marlene de Matos Bossay (PMDB), e garante que só liberam o lixão do município após ela atendê-los.
“A cidade está infestada de lixo e a prefeita não quer vir ao nosso encontro, então não vamos liberar o local, não vamos deixar nenhum caminhão entrar para descarregar o lixo até que ela nos atenda”, ressalta Branco.
O Campo Grande News está desde ontem tentando contato com a Prefeitura de Miranda por telefone, mas não obteve retorno.