Jornalista pode ter sido executado a mando de facção, diz promotor
Leo Veras jantava com a família por volta de 20h de quarta-feira (12), quando foi executado por 3 pistoleiros
O promotor Marcelo Pecci, um dos investigadores do assassinato do jornalista Leo Veras, informou que as investigações apontam que a execução do profissional pode ter sido a mando de uma das facções criminosas que disputam o domínio do tráfico de drogas, na fronteira de Mato Grosso do Sul. O oficial, no entanto, não detalhou qual o principal grupo investigado, segundo ele, para não atrapalhar nos trabalhos.
Na região, predominam o PCC (Primeiro Comando de Capital) e o CV (Comando Vermelho). “A investigação está em seu curso normal, diria que bastante avançada, no entanto, ainda não descobrimos um fato mais consistente, sobre o que teria motivado o ataque”, disse o promotor em entrevista a rádio ABC Cardinal do Paraguai, nesta sexta-feira. Sem dar muitos detalhes, Pecci também confirmou que o jornalista havia sido ameaçado de morte. "Há evidências que comprovam que ele recebeu ameaças”, afirmou.
O caso – Leo Veras jantava com a família por volta de 20h de quarta-feira (12), em Pedro Juan, quando três pistoleiros encapuzados invadiram a casa no Jardim Aurora e o atingiram com vários tiros de pistola 9 milímetros e fuzil. Os bandidos fugiram no mesmo carro que usaram para chegar ao local, um Jeep Cherokee branco. Leo chegou a ser levado para um hospital particular em Pedro Juan Caballero, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Nacional diz ter cinco frentes de investigação para tentar prender mandantes e os pistoleiros que executaram o jornalista. Quatro promotores enviados de Assunção pela Procuradoria-Geral de Justiça se juntaram ao promotor de Pedro Juan Caballero Marco Amarilla, para comandar a força-tarefa que tenta prender os matadores de Leo Veras.