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Interior

Médica envolvida em morte de brasileira se apresenta à Justiça

Claudia Raquel Echeguren e Danilda Suarez foram denunciadas pela morte de Sheiza Ayala

Helio de Freitas, de Dourados | 24/09/2020 10:47
A fisioterapeuta paraguaia Danilda Suarez ainda está foragida (Foto: Arquivo)
A fisioterapeuta paraguaia Danilda Suarez ainda está foragida (Foto: Arquivo)

A médica obstetra paraguaia Claudia Raquel Echeguren Chavez se apresentou nesta quinta-feira (24) à Justiça em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Claudia é uma das denunciadas pelo Ministério Público do país vizinho por homicídio culposo pela morte da estudante brasileira Sheiza Ayala, 21. Ela morreu há uma semana em Ponta Porã, onde morava com a família, cinco dias depois de passar por procedimento estético para aplicação de colágeno.

Acompanhada por um defensor público, a obstetra se apresentou no Juizado de Garantias, para cumprir a prisão determina pelo Ministério Público do Paraguai.

Danilda Victoria Ruiz Diaz Suares, 43, formada em fisioterapia e massoterapia, ainda está foragida. Ela já estava sendo processada por outra morte após procedimento estético clandestino, ocorrida em 2019, em Pedro Juan Caballero.

Sheiza Ayala, que faria 22 anos em fevereiro de 2021, morreu no dia 17 deste mês após se submeter ao procedimento estético em Pedro Juan Caballero. O produto que teria sido aplicado nela é usado para preenchimento e aumento de volume de glúteos e coxas.

Inicialmente a polícia paraguaia suspeitava que o procedimento tivesse sido feito em uma clínica clandestina no bairro Obrero. Entretanto, nesta quarta-feira (23), o irmão de Sheiza registrou boletim de ocorrência por “morte a esclarecer” na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã e disse que a aplicação de colágeno ocorreu em uma residência no lado paraguaio.

Sheiza começou a passar mal no dia seguinte ao procedimento. Levada para o Hospital Regional de Ponta Porã com hemorragia e complicações pulmonares graves, ela morreu na semana passada.

O delegado regional em Ponta Porã, Clemir Vieira, disse ao Campo Grande News que a Polícia Civil brasileira fará diligências complementares sobre o caso, mas a investigação cabe à polícia paraguaia.

“A Polícia Civil fará o que puder ser feito para ajudar a esclarecer a morte, mas o resultado de diligências complementares será encaminhado às autoridades paraguaias via Consulado, pois o procedimento ocorreu lá e as investigadas são cidadãs paraguaias”, explicou.

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