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Interior

Movimentos ocupam pedágio e querem ônibus para marcha na BR 163

Caroline Maldonado | 06/09/2015 12:44
Manifestantes pretendem chegar a Campo Grande amanhã, segundo presidente do MTR, Ednaldo Menezes  (Foto: Direto das Ruas)
Manifestantes pretendem chegar a Campo Grande amanhã, segundo presidente do MTR, Ednaldo Menezes (Foto: Direto das Ruas)

Integrantes de diversos movimentos ocupam, neste momento, um dos pontos de pedágio da BR 163 e esperam a presença de representantes da CCR MSVia para negociar apoio logístico e continuar com a 1ª Marcha Estadual dos Movimentos Sociais, que saiu do acampamento Estrela Cinco, em Nova Alvorada do Sul, ontem (5) e pretende chegar amanhã (7) em Campo Grande. O grupo está no trecho do distrito de Anhandui, a 30 quilômetros da Capital.

Os manifestantes querem que a concessionária, que administra a rodovia, forneça água, alimento e ônibus para transportar as famílias até o destino, segundo o presidente do MTR (Movimento dos Trabalhadores Rurais), Ednaldo Menezes. Segundo ele, ao todo há 600 famílias no local e também participam integrantes do MAF (Movimento da Agricultura Familiar), MAC (Movimento da Agricultura Camponesa), MSTB (Movimento Sem Terra Brasileiro), FNL (Frente Nacional de Luta), MAR (Movimento Agrário Rural) e MLPT (Movimento de Luta pela Terra).

“Estamos aguardando o pessoal da CCR para negociar e vamos insistir. A única coisa que queremos é continuar com a marcha e chamar atenção para a necessidade da reforma agrária. Em Campo Grande, vamos nos concentrar na rotatória do macro anel e decidir as próximas ações”, disse Ednaldo.

Além de lutar pela reforma agrária, a marcha protesta contra a corrupção e apoia os movimentos indígenas, que brigam pela posse de terras tradicionais, conforme Ednaldo. “As famílias já estão assentadas há muito tempo em verdadeiras favelas rurais. O Governo Federal não está resolvendo absolutamente nada. Também apoiamos a questão indígena, pois os índios têm direito a terra, mas o produtor rural também está certo e o governo não tem tido hombridade de resolver, sendo que tem condições para isso”, comentou o presidente do MTR.

Em Mato Grosso do Sul, há 4 mil famílias assentadas, vinculadas as bandeiras dos movimentos que participam da marcha. Não participa deste ato o MST (Movimento Sem-Terra). Conforme Marina Ricardo Nunes, que faz parte da direção do movimento MST, o grupo permanece concentrando esforços na ocupação da fazenda Saco do Céu, no distrito de Casa Verde, em Nova Andradina. “Nossa luta nesse período é nessa área. Estamos há 16 dias, com 1 mil pessoas e estamos nos preparando para plantar no local, não houve reintegração”, contou Marina.

O Campo Grande News tentou contato com a CCR MSVia, por telefone, mas as ligações não foram atendidas no fim desta manhã.

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