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Interior

Mulher negociou rendição de pistoleiro acusado de matar prefeito paraguaio

Roberto Carlos Rodríguez González foi preso ontem à noite em Pedro Juan Caballero; ele foi apontado por testemunhas como autor da execução do prefeito de Bella Vista e um assessor, na sexta-feira

Helio de Freitas, de Dourados | 10/08/2016 13:44
Roberto González entre policiais paraguaios (Foto: ABC Color)
Roberto González entre policiais paraguaios (Foto: ABC Color)

Foi a mulher do paraguaio Roberto Carlos Rodríguez González, 40, que negociou a rendição dele à polícia do Paraguai. Acusado de ser um dos pistoleiros que mataram, na sexta-feira (5), o prefeito de Bella Vista Norte Miguel Louteiro e o assessor Celso Carvallo, o pistoleiro foi preso na noite de ontem (9), em Pedro Juan Caballero.

O comissário Walter Vazquez, chefe do departamento de investigação da Polícia Nacional, disse que Roberto decidiu se entregar porque percebeu que estava cercado pela polícia.

Miguel Louteiro e o assessor foram executados com vários tiros quando vistoriavam a reforma de uma ponte na colônia Santa Ana, na área rural de Bella Vista. As mortes ocorreram na frente dos operários que trabalhavam na ponte, a 50 km de Bela Vista (MS),

De acordo com o comissário, a mulher do suposto assassino entrou em contato com o promotor Samuel Valdez para negociar a rendição de Roberto Rodriguez, que ocorreu em um estabelecimento no distrito de Yvy Yaú Sapucaí, em Concepción, no departamento de Amambay.

Cozinheiro de profissão, Roberto Rodriguez é acusado de assalto em 2012 e pelo assassinato do brasileiro Leandro Durães de Oliveira, em fevereiro do ano passado, em Bella Vista Norte.

Rodriguez está preso na sede da Investigação Criminal em Pedro Juan Caballero, à disposição do Ministério Público.

Buscas – Na segunda-feira (8), agentes que investigam a morte de Miguel Louteiro fizeram buscas na casa de Catalino Diaz, que foi diretor da penitenciária de Pedro Juan Caballero em 2009. No ano passado, disputou a prefeitura de Bella Vista com Miguel e foi derrotado.

A casa onde as buscas foram feitas fica no bairro Guarani, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS). Nenhuma pista que pudesse ligar Diaz ao crime foi encontrada.

Miguel Louteiro levou 23 tiros e o assessor foi atingido por 16 disparos, feitos por dois pistoleiros que executaram as vítimas na frente de cinco pessoas que trabalhavam na recuperação da ponte.

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