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Interior

Nova fase da Operação Pregão cumpre mandados de prisão na prefeitura

Cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta manhã em Campo Grande e Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 14/03/2019 08:25
Policiais na Prefeitura de Dourados, na primeira fase da operação, em outubro (Foto: Adilson Domingos)
Policiais na Prefeitura de Dourados, na primeira fase da operação, em outubro (Foto: Adilson Domingos)

Cinco pessoas foram presas nesta manhã em Campo Grande e Dourados, a 233 km da Capital, na terceira fase da Operação Pregão, iniciada em outubro do ano passado para desmantelar um esquema de corrupção envolvendo licitações na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Os nomes dos presos ainda não foram divulgados.

Com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, as 16ª, 10ª e 17ª Promotorias de Justiça em Dourados cumprem oito mandados de busca e apreensão. Entre os locais dos mandados está a sede da prefeitura, na Rua Coronel Ponciano.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados.

A terceira fase da operação ocorre dois dias após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) conceder habeas corpus ao ex-diretor de licitação da prefeitura, Anilton Garcia de Souza, que está preso desde 31 de outubro na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). O alvará de soltura não foi emitido ontem e ele deve sair da cadeia hoje.

Além dele, já estavam presos desde a primeira fase o ex-secretário de Fazenda João Fava Neto, apontado como o chefe do esquema criminoso, o empresário Messias José da Silva, dono de uma das empresas envolvidas, e a vereadora Denize Portolann (PR). Ontem, os advogados de Messias e Denize pediram ao STJ a extensão do habeas corpus de Anilton para seus clientes.

A operação – De acordo com o MP, a primeira fase foi deflagrada em outubro do ano passado, tendo por objetivo esclarecer a atuação de uma suposta organização criminosa composta por agentes públicos, políticos e empresários, visando à prática de diversos crimes, incluindo fraude em licitação, dispensa indevida de licitação, falsificação de documentos e advocacia administrativa (patrocinar interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de servidor).

O grupo também é investigado por crime contra a ordem financeira e por incidência na Lei Anticorrupção em razão de fraudes em licitações e contratos públicos, praticados, em tese, durante a atual gestão do município de Dourados.

A segunda fase da operação foi deflagrada em dezembro, com a prisão do ex-diretor de finanças da prefeitura, Rosenildo França da Silva e da mulher dele, Andreia Ebling. O MP afirma que a empresa de Messias deu um Jipe Renegade “de presente” para Rosenildo e pagou uma cirurgia plástica para Andreia.

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