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Interior

Operação da PF mira esquema milionário de contrabando em MS e Paraná

Um dos investigados foi preso em Mundo Novo; quando os policiais chegaram, ele destruiu o celular

Por Helio de Freitas, de Dourados | 16/10/2025 08:49
Operação da PF mira esquema milionário de contrabando em MS e Paraná
Policial federal em frente a endereço onde foram cumpridos mandados em Mundo Novo (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Circuito Fechado para desmantelar esquema milionário de contrabando de eletrônicos de alto valor que saem do Paraguai e entram em território brasileiro pela divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraná.

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Circuito Fechado para desarticular uma organização criminosa especializada em contrabando de eletrônicos do Paraguai. A ação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em cidades do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. As investigações, iniciadas em 2024, revelaram que o grupo movimentou cerca de R$ 32 milhões em quatro anos. A organização utilizava rotas clandestinas, veículos registrados em nome de terceiros e empresas de fachada para transportar principalmente celulares, mantendo vigilância constante sobre barreiras policiais através de comunicação criptografada.

Dez mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal em Guaíra (PR) estão sendo cumpridos em Mundo Novo (MS), Loanda (PR), Santa Isabel do Ivaí (PR), Umuarama (PR) e Assis (SP).

Em Mundo Novo, cidade a 463 km de Campo Grande e a 10 km do território paraguaio, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão. Quando os policiais federais chegaram ao endereço, o alvo tentou destruir o celular para apagar provas. O nome dele não foi informado.

Em Loanda, foram cumpridos cinco mandados de busca e três de prisão preventiva. Em Santa Isabel do Ivaí, a operação cumpriu um mandado de busca e outro de prisão. Em Umuarama, foi cumprido um mandado de busca. Já em Assis, no interior paulista, foram cumpridos dois mandados de busca e um de prisão preventiva.

De acordo com a PF, a operação de hoje representa o cerco final à rede criminosa transnacional responsável pelo ingresso e distribuição ilegal de eletrônicos no território brasileiro.

As investigações tiveram início em 2024, após a apreensão de grande quantidade de celulares na região de Guaíra. A Polícia Federal identificou organização criminosa estruturada, estável e hierarquizada, voltada ao transporte, financiamento e revenda de produtos introduzidos irregularmente no Brasil.

A investigação revelou que o grupo atuava em rotas clandestinas que conectavam o Paraguai a municípios no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, utilizando veículos registrados em nome de terceiros, empresas de fachada e contas bancárias intermediárias para ocultar a origem dos bens e dos valores movimentados.

Levantamentos financeiros indicam que ao longo de quatro anos o grupo movimentou aproximadamente R$ 32 milhões apenas em créditos identificados.

A operação mobiliza 50 policiais federais. Além dos mandados de busca e de prisão, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens móveis e imóveis relacionados à atividade criminosa.

Operação da PF mira esquema milionário de contrabando em MS e Paraná
Celular de um dos alvos da operação; ele tentou quebrar aparelho para apagar provas (Foto: Divulgação)

Circuito Fechado – De acordo com a PF, a investigação comprovou que o grupo fazia viagens semanais para o transporte de centenas de aparelhos celulares, utilizando comunicação criptografada, aplicativos de mensagens e monitoramento em tempo real de barreiras policiais e fiscais, além de movimentar valores expressivos por meio de contas de pessoas físicas e jurídicas usadas como “testas-de-ferro”.

O nome “Circuito Fechado” faz referência à vigilância constante mantida pelo grupo criminoso sobre as rotas clandestinas e à ação coordenada da Polícia Federal, que fechou o cerco sobre toda a estrutura ilícita. Os investigados vão responder por organização criminosa, descaminho e lavagem de dinheiro.

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