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Polícia identifica 2 mulheres que deram apoio a matadores de advogado

Shirley Daiana Bordón e Carolina Cândia León são procuradas na linha internacional

Por Helio de Freitas, de Dourados | 12/05/2025 11:35
Polícia identifica 2 mulheres que deram apoio a matadores de advogado
Policiais na casa onde pistoleiros teriam recebido apoio para fugir após execução (Foto: ABC Color)

Policiais da fronteira estão procurando duas mulheres suspeitas de fornecer apoio logístico aos pistoleiros que executaram o advogado paraguaio Gustavo Anibal Medina Carneiro, 39, na quinta-feira (9), em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).

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Duas mulheres são procuradas pela polícia paraguaia por suspeita de apoio logístico aos assassinos do advogado Gustavo Medina. Shirley Daiana Bordón, 26, e Carolina Cândia León, 30, tiveram endereços vasculhados. Roupas e calçados semelhantes aos usados por um dos pistoleiros foram encontrados. Carolina, companheira de um dos atiradores, teria contratado serviços para a casa usada no planejamento do crime, alugada por Shirley. Medina, que investigava lavagem de dinheiro ligada ao narcotráfico, foi morto com 12 tiros. A polícia investiga a hipótese de crime por honorários advocatícios não pagos após uma ação judicial. A sócia de Medina confirmou ameaças recebidas após a vitória na ação, onde os réus foram condenados a pagar valor superior ao combinado.

Endereços de Shirley Daiana Bordón, 26, e Carolina Cândia León, 30, foram alvos de buscas neste domingo (11). Em um dos locais, foram encontradas roupas e calçados semelhantes aos usados por um dos pistoleiros.

Carolina é companheira do atirador. A polícia afirma que esse pistoleiro está identificado, mas o nome dele é mantido em sigilo. Ele saiu recentemente da Penitenciária de Pedro Juan.

Investigadores paraguaios descobriram que a casa usada pelos pistoleiros para planejar o crime foi alugada em nome de Shirley Daiana Bordón. O contrato foi encontrado na residência.

Os moradores mandaram substituir o portão convencional por um eletrônico, de elevação. Através do código de barras do motor do portão, os policiais descobriram a loja onde o equipamento foi comprado.

No estabelecimento, descobriram a identidade do serralheiro e do eletricista que instaram o portão. Os dois foram detidos e confirmaram, em depoimento, que tinham sido contratados por Carolina para fazer o serviço na casa.

Através de um informante, a polícia descobriu que, dias atrás, um ex-presidiário estava procurando carro para alugar, para um “trabalho rápido”, e apontou a casa onde o suspeito morava. Os policiais foram ao local e descobriram que era o mesmo endereço de Carolina León, no Jardim Aurora, em Pedro Juan Caballero.

Segundo os investigadores, Carolina era responsável em fazer compras e levar mantimentos para os pistoleiros no período em que planejavam o assassinato, na outra casa descoberta na sexta-feira.

O crime – Um dos investigados no âmbito da Operação Pavo Real PY, deflagrada em julho de 2023 pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) contra o esquema de lavagem de dinheiro controlado pelo narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, Gustavo foi morto com 12 tiros de pistola quando pegava o filho pequeno na Escola Adventista, no centro de Pedro Juan Caballero.

O carro usado pelos pistoleiros, um Toyota Vitz, foi encontrado queimado nos arredores da cidade, na sexta-feira (9). A polícia suspeita que o advogado tenha sido morto por causa de honorários cobrados de um cliente.

Em depoimento ao Ministério Público, a advogada Claudia Larize Ruiz Cristaldo, 36, sócia de Gustavo, confirmou que os dois estavam recebendo ameaças de morte após ganharem uma ação judicial.

Os contratantes se negaram a pagar os honorários combinados e os advogados entraram com ação de cobrança na Justiça. Os contratantes foram condenados a pagar valor bem acima do combinado inicialmente. Essa é uma das linhas de investigação, mas até agora a polícia não revelou detalhes sobre supostos mandantes.

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