Promotora quer ajuda psicológica para adolescente que matou o irmão asfixiado
Menino de 14 anos disse que matou irmão de 2 asfixiado durante brincadeira
A promotora de Justiça Reinalda Palacios disse que o Ministério Público do Paraguai vai pedir medidas brandas para o adolescente de 14 anos que matou o irmão de 2, na quarta-feira (1º), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
Segundo ela, além de ser menor de 18 anos, o adolescente afirma que a morte do irmão foi acidental. Ele acabou asfixiando a criança com uma almofada e a matou durante brincadeira.
Por isso, a Promotoria também vai requisitar acompanhamento psicológico para o menino e solicitar que ele continue sob os cuidados da mãe, para poder estudar e ter vida minimamente normal.
A criança foi encontrada morta pela mãe, no final da tarde quarta-feira. Miguel estava deitado na cama, coberto por um lençol. Ao lado, havia bilhete escrito em folha de caderno, com a frase “eu sinto muito, seu filho viu o que não deveria ver. Você tem outro filho mais velho".
A polícia concluiu no mesmo dia que tinha sido o irmão mais velho que havia escrito o bilhete. Depois de perceber que tinha matado o irmão, o adolescente alugou uma bicicleta e fugiu. Ele passou a noite na rua e foi localizado ontem cedo.
Na sede da Polícia Nacional, contou a história e disse que a morte foi acidental. Conforme o comissário Hugo Díaz, chefe das investigações, o adolescente contou que os dois brincavam na cama, mas que em certo momento, a criança ficou agitada e insistindo para continuar a brincadeira.
Irritado com a insistência e na tentativa de acalmar Miguel, o irmão o imobilizou e colocou a almofada em cima da criança até que ela ficasse mais tranquila. Quando percebeu que o irmão se acalmou, ele tirou a almofada. Miguel não estava mais respirando.
“O Ministério Público vai pedir tratamento psicológico para dar continuidade aos estudos e algumas outras obrigações nesse sentido”, disse ao jornal ABC Color a promotora Reinalda Palácios. Entretanto, o menino ainda vai passar por audiência com juiz penal de garantias.
Segundo ela, o adolescente foi levado para a sede do Ministério Público, mas não foi ouvido, pois somente o juiz irá tomar o depoimento. As informações ditas por ele aos policiais e à promotora foram todas em caráter informal. O menino continua detido. Ontem, depois do enterro da criança, o adolescente se encontrou com a mãe, acompanhado de uma defensora pública.