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Interior

Refugiados venezuelanos chegam a MS e no dia 8 começam a trabalhar

Cem pessoas chegaram ontem à tarde a Dourados e já estão instaladas em casas pagas com ajuda da ONU

Helio de Freitas, de Dourados | 25/03/2019 10:11
Venezuelanos que chegaram ontem à tarde para trabalhar em Dourados (Alan Azevedo/ACNUR)
Venezuelanos que chegaram ontem à tarde para trabalhar em Dourados (Alan Azevedo/ACNUR)
Venezuelanos descem do avião no Aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto: Alan Azevedo/ACNUR)
Venezuelanos descem do avião no Aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto: Alan Azevedo/ACNUR)

Mais 130 venezuelanos chegaram no fim de semana a Mato Grosso do Sul. Os refugiados já estão instalados em Dourados, a 233 km de Campo Grande, onde começam a trabalhar no dia 8 de abril em indústrias de alimentos da segunda maior cidade de MS.

Foram pelo menos 12 horas de viagem, sendo seis horas de voo de Boa Vista (RR) até Campo Grande, onde os venezuelanos chegaram por volta de meia-noite de sábado para domingo e depois mais quatro horas e meia de ônibus até Dourados. O grupo maior, de cem pessoas, chegou domingo à tarde à cidade onde passa a morar e trabalhar.

De acordo com a assessoria do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), o voo de interiorização do dia 23 contou com cem refugiados e migrantes que têm vagas de trabalho oferecidas por empresa do setor de processamento de alimentos.

Os refugiados serão apoiados por ajuda financeira do Acnur para que se estabeleçam em Dourados e possam suprir suas necessidades básicas durante o primeiro mês de realocação. O dinheiro ajuda, por exemplo, no custeio inicial de aluguel de uma casa até o recebimento do primeiro salário.

Além destes cem que chegaram ontem, outros 30 refugiados e migrantes venezuelanos vieram em outros voos comerciais, com o mesmo destino e sob a mesma modalidade de realocação.

De acordo com o Acnur, com mais esse grupo, o número total de refugiados e migrantes realocados de maneira oficial desde o início da estratégia de interiorização, em 2018, sobe para 5.200 pessoas.

A estratégia foi uma das soluções encontradas pelo governo brasileiro para realocar venezuelanos que estão em Boa Vista, capital de Roraima, para outras cidades brasileiras.

Com apoio do Acnur e de outras agências da ONU, a ação tenta reduzir o impacto nas comunidades de acolhida em Roraima e ao mesmo tempo proporcionar melhores condições de integração para os venezuelanos que querem permanecer no Brasil.

Coordenada pelo Subcomitê Federal de Interiorização, que envolve nove ministérios a estratégia de interiorização ocorre em articulação com governos de estados e municípios de destino e com organizações não governamentais.

Veja abaixo as imagens da viagem dos venezuelanos a Mato Grosso do Sul:

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