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Interior

Rivais do PCC flagrados com armas são isolados em presídio

Agepen admitiu ter achado armas na PED, mas não comentou sobre o preso que foi baleado no presídio

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 02/09/2021 20:23
Agentes que fizeram pente-fino no raio 3 da PED nesta quarta-feira (1ª). (Foto: Direto das Ruas) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Agentes que fizeram pente-fino no raio 3 da PED nesta quarta-feira (1ª). (Foto: Direto das Ruas) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), reiterou que instaurou um inquérito para apurar como armas, munições e até mesmo uma granada foram parar dentro da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), maior presídio do Estado, a 233 quilômetros de Campo Grande. Os presos que estavam na cela em que foi encontrado o buraco de três metros de profundidade onde estava o arsenal estão isolados e serão interrogados.

São eles, pelo menos oito integrantes de bandos rivais do PCC (Primeiro Comando da Capital): Bruno Borges de Abreu, Claudio Ramires, Fabio Vera Cordoval, Fernando dos Santos Gimenez, Jeferson Maria dos Santos, Lucas dos Santos Gimenes Ribeiro dos Santos, Oscar Savedo Benites e Pedro dos Santos Teixeira. Em nota divulgada no começo desta noite, o órgão admitiu a localização das armas, no entanto, não comentou sobre o preso que foi baleado dentro do presídio no último sábado (28).

A agência informou que as armas teriam sido encontradas "durante monitoramento rotineiro de integrantes de organizações criminosas", realizado pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário, que "obteve as informações de que armamento e munições seriam inseridos no interior da Penitenciária Estadual de Dourados (PED)".

No entanto, conforme apurado pelo Campo Grande News, o atentado ao preso é que teria sido o estopim para o pente-fino que resultou na apreensão das duas pistolas semiautomáticas, as 187 munições e a granada nesta quarta-feira (1º). A varredura nas celas da PED foi realizada por agentes do COPE (Comando de Operações Penitenciária). O BOPE (Batalhão de Operações Especiais) também esteve hoje no presídio para detonar o explosivo.

Após o flagrante das armas na cela 24 da galeria B inferior do raio III, todos os presos que estavam na cela foram isolados preventivamente. "Com base nas informações dos serviços de inteligência, a direção da Agepen também determinou a imediata instauração de procedimento administrativo para apurar os fatos, bem como os meios utilizados para a inserção das armas na PED, de forma a punir, nos rigores das leis, todos os responsáveis", informa o órgão.

A Agepen também ressaltou que as varreduras que são frequentemente realizadas em todas as unidades prisionais do Estado, pelo COPE, com apoio da Polícia Militar, por meio dos seus grupos de elite, como BOPE e CHOQUE, "serão intensificadas a partir de agora, com o objetivo de coibir todo e qualquer ilícito nos presídios de Mato Grosso do Sul", conclui.

Preso baleado – Informação apurada com exclusividade pelo Campo Grande News é que o preso do raio 3 foi baleado por colega de cela no sábado (28), mas o caso teria sido abafado pela direção do presídio. Só ontem, depois de o caso ser denunciado, que o preso baleado foi levado para atendimento médico dentro do presídio e depois submetido a exame de corpo de delito. A ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia de Polícia Civil, mas o boletim foi colocado em sigilo.

Ainda ontem a Agepen confirmou que o preso havia sido ferido, mas alegou que a causa do ferimento ainda estava sendo apurada. Fonte ouvida pela reportagem e que teve contato no setor de saúde diz que o médico confirmou se tratar de ferimento por arma de fogo.

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