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Interior

Sem salário e 13º, enfermeiros do Evangélico iniciam greve amanhã

Helio de Freitas, de Dourados | 16/12/2014 11:55
Profissionais de enfermagem durante manifestação hoje em frente ao Hospital Evangélico; paralisação começa amanhã se categoria não receber salario e 13º (Foto: Eliel Oliveira)
Profissionais de enfermagem durante manifestação hoje em frente ao Hospital Evangélico; paralisação começa amanhã se categoria não receber salario e 13º (Foto: Eliel Oliveira)

Profissionais de enfermagem do Evangélico, maior hospital particular do interior de Mato Grosso do Sul, prometem entrar em greve amanhã em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Dos 200 trabalhadores, apenas 30% continuarão trabalhando. O hospital atende planos de saúde, mas também presta serviços de alta complexidade a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

O motivo da paralisação é o atraso no pagamento do salário de novembro e da primeira parcela do 13º salário. A instituição alega que depende de um repasse de R$ 150 mil da prefeitura para pagar os funcionários.

Na manhã de hoje, os trabalhadores se mobilizaram em frente ao hospital, no centro da cidade. O presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, se reuniu com o superintendente do Evangélico, Eliezer Branquinho, e teria sido informado que o hospital não tem como pagar os salários.

O sindicalista informou ao site Dourados News que Branquinho teria dito na reunião que o hospital aguarda o repasse de R$ 150 mil do Ministério da Saúde, a ser feito pela prefeitura, para poder pagar os funcionários. “Seguindo o que foi definido em assembleia e conforme edital já publicado, a partir de amanhã vamos reduzir o número de profissionais em 30% até que a situação se resolva”, informou Lázaro Santana ao site douradense.

Santana acusou o hospital de má gestão administrativa e disse que a empresa não se programa para honrar seus compromissos. “Sempre justificam a dependência de recursos do SUS, sendo que essa não é a única fonte de renda do hospital. Antes, alegavam que tinham problemas para pagar por causa da gestão que faziam sob o Hospital da Vida. Agora, que estão afastados, a pergunta é: era mesmo o HV o problema? É uma vergonha”.

Através da assessoria, o superintendente confirmou que o hospital depende dos recursos federais, referentes aos serviços especializados, para pagar os profissionais de enfermagem. Uma reunião entre os enfermeiros e a Secretaria de Saúde do município deve ocorrer ainda hoje.

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