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Interior

Servidor municipal é preso, acusado de aliciar e estuprar 12 meninos

Liana Feitosa | 19/10/2014 11:53
Jeferson Porto da Silva é acusado de usar a internet para aliciar. (Foto: Eliel Oliveira)
Jeferson Porto da Silva é acusado de usar a internet para aliciar. (Foto: Eliel Oliveira)

Investigações da Polícia Civil de Dourados, município a 233 km de Campo Grande, levaram à prisão do servidor municipal Jeferson Porto da Silva, acusado de aliciar adolescentes de 14 anos e atrair as vítimas até sua casa para convencê-los a manter relações sexuais por R$ 30,00.

Ele foi preso na manhã deste domingo (19) na casa onde mora, no Jardim Água Boa, após dois meses de investigações. Depois de ser pego, Jeferson foi apresentado à imprensa.

Por meio de perfis falsos em redes sociais da internet, no Facebook, além de conversas via Whatsapp, a polícia diz que ele se passava por mulher para chamar a atenção apenas de meninos.

Jeferson, que tem 33 anos, e é soropositivo, de acordo com informações do jornal Dourados News, o que agrava ainda mais a situação.

O servidor foi preso depois que a mãe de uma das vítimas viu conversas do filho com o homem no Facebook, e o denunciou. O acusado filmava e fotografava todas as ações e armazenava as imagens no computador, que foi apreendido pela polícia e encaminhado para a perícia em Campo Grande.

Ainda de acordo com o jornal Dourados News, a polícia já identificou 12 adolescentes, mas investigações apontam para a possibilidade de que Jeferson tenha feito até 200 vítimas, todas têm, em média, 14 anos de idade.

Segundo a polícia, acusado - que é soropositivo, manteve relações sexuais com os menores sem uso de preservativo. (Foto: Eliel Oliveira)
Segundo a polícia, acusado - que é soropositivo, manteve relações sexuais com os menores sem uso de preservativo. (Foto: Eliel Oliveira)

Aids - Segundo o jornal, o acusado teria mantido relações sexuais com os menores sem uso de preservativo, por isso, a polícia está convocando as vítimas para auxiliar nas investigações e no esclarecimento do caso.

Jeferson pode responder por crime de perigo de contágio de moléstia grave, previsto no artigo 131 do Código Penal, em casos quando o autor do crime sabe de sua condição (no caso, portadora do vírus HIV) e age conscientemente contra o bem estar de outro.

Além disso, ele pode ser julgado por favorecimento à prostituição infantil e por estupro de vulnerável caso a polícia comprove que menores de 14 anos estão entre as vítimas.

O servidor municipal, que não tinha passagens pela polícia, foi levado para o 1º Distrito Policial, onde permanece preso. Segundo o jornal, Marina Lemos, a delegada responsável pelo caso, ficou impressionada com o fato de que o servidor não se intimidou e continuou a agir mesmo sabendo que era alvo de investigação da polícia, uma vez que mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dele.

Os telefones da Polícia Civil para denúncias e esclarecimentos são (67) 3411-8060 e 3411-8080.

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