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Interior

Suplentes de vereadores afastados após prisão reassumem hoje

Com reviravolta, Marcelo Mourão e Marinisa Mizoguchi voltam à Câmara menos de 20 dias depois de deixarem cargos

Helio de Freitas, de Dourados | 02/09/2019 14:42
Presidente da Câmara Alan Guedes no momento em que recebia notificação sobre afastamento de vereadores (Foto: Adilson Domingos)
Presidente da Câmara Alan Guedes no momento em que recebia notificação sobre afastamento de vereadores (Foto: Adilson Domingos)

Os suplentes Marcelo Mourão (PRP) e Marinisa Mizoguchi (PSB) reassumem hoje as vagas dos vereadores Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM). A posse será às 18h30, na abertura da sessão ordinária da Câmara de Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Mourão e Marinisa foram convocados hoje pelo presidente da Casa Alan Guedes (DEM) devido ao novo afastamento de Cirilo e Pepa, investigados no âmbito da Operação Cifra Negra por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção no Legislativo.

Presos pela primeira vez em dezembro de 2018, os dois ficaram oito meses fora da Câmara e nesse período foram substituídos pelos suplentes. Pepa e Cirilo reassumiram no dia 19 de agosto após liminar do presidente do Tribunal de Justiça Paschoal Carmello Leandro suspender o afastamento.

Entretanto, na semana passada o juiz de segundo grau do Tribunal de Justiça Lúcio R. da Silveira entendeu que a liminar vale apenas para o processo cível e que na área criminal eles continuam afastados.

Na quinta-feira (29) o juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados Alessandro Leite Pereira expediu mandado de prisão preventiva e novo afastamento de Pepa e Cirilo.

Eles foram presos durante sessão da Câmara no fim da tarde de sexta-feira e soltos ontem, por decisão monocrática do desembargador Divoncir Schreiner Maran, que manteve o afastamento de “qualquer espécie de função e cargo público até o final da instrução processual”.

Além de afastados da Câmara, os dois não podem manter contado com outros investigados no caso, não podem mudar de endereço sem autorização judicial, são obrigados a comparecer a qualquer ato do processo e, ainda, precisam avisar a Justiça, caso queiram deixar Dourados por mais de 7 dias.

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