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Interior

Técnico de laboratório acusado de provocar aborto será julgado em novembro

Aline dos Reis Franco de 26 anos, morreu em dezembro do ano passado

Luana Rodrigues | 04/09/2017 17:12
Aline morreu em dezembro do ano passado, após aborto clandestino (Foto: Reprodução/ Facebook)
Aline morreu em dezembro do ano passado, após aborto clandestino (Foto: Reprodução/ Facebook)

O técnico de laboratório Dnilson Rodrigues Nunes, 41 anos, que é acusado de ter participado do aborto que resultou na morte da gestante Aline dos Reis Franco de 26 anos, será julgado no dia 29 de novembro deste ano, em Porto Murtinho – município distante cerca de 431 quilômetros de Campo Grande.

Também é ré no processo uma amiga da vítima, Simone Mareco Penha, 30 anos, que teria intermediado o contato entre a jovem e o técnico de laboratório para a realização do aborto. O caso aconteceu no dia 6 de dezembro de 2016, no município que faz fronteira com Paraguai.

De acordo com a denúncia, após realizar o procedimento abortivo ao tomar Citotec, Aline passou mal e foi para o hospital da cidade, onde foi atendida e transferida para Campo Grande. Entretanto, no caminho, em Jardim, ela não resistiu e morreu dentro da ambulância.

Na época do crime, a mãe da vítima, Helemary dos Reis, de 52 anos, apontava a amiga da filha como a responsável por comprar o medicamento Cytotec, usado no aborto. A compra foi feita no Paraguai, já que a venda no Brasil é proibida. Grávida de dois meses, Aline deixou dois filhos, de 11 e 6 anos.

Mas, segundo a denúncia, Dnilson é quem teria fornecido o medicamento à jovem, mediante pagamento de R$ 600. Ele está preso na Cadeia Pública de Porto Murtinho, mas nega que tenha cometido o crime.

O acusado já responde a outro processo por provocar o aborto de um feto de meses, em outubro de 2010.

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