Tranquilizantes falham e resgate de onça-parda em árvore passa de 17 horas
Segundo a PMA, o problema está nas armas de aplicação dos anestésicos; uma segunda equipe da Capital viajou para o município para levar outro equipamento
O resgate da onça-parda que apareceu em um árvore na Vila Rosa, em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, passa das 17 horas. Equipes da PMA (Polícia Militar Ambiental) passaram à noite monitorando o animal e retomarão as tentativas de retira-lo do pé de jaca agora pela manhã.
Segundo o tenente-coronel Edmilson Queiroz, da PMA, ontem foram utilizadas duas armas de aplicação de sedativos, mas nenhuma funcionou adequadamente. "A questão não foi o produto usado, mas sim as armas de aplicação que não funcionaram", afirmou.
"É muito raro precisar usar sedativos e, por conta disso, as armas acabam ficando paradas, sem manutenção", explicou Queiroz. Uma segunda equipe foi enviada de Campo Grande para ajudar nos trabalhos. Eles levam um outro equipamento para aplicação do anestésico e a previsão é que o resgate aconteça ainda pela manhã.
Equipes que passaram madrugada acompanhando o animal, utilizaram equipamentos refletores para mostrar a presença de pessoas no local e evitar que a onça, de hábitos noturnos, descesse da árvore, colocando em risco os populares.
Equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) de Dourados também reforçarão os trabalhos desta manhã. Para a PMA, a retirada deve acontecer com tranquilidade. "Tendo gente embaixo, a tendência é que a onça permaneça onde está, porque ela acredita que está escondida e não vai querer sair", afirma Queiroz.
De acordo com o capitão da PMA, Matheus Taniguchi, que acompanha os trabalhos, o animal é de grande porte e pode ter de 80 a cem quilos. Como o trabalho necessita atenção especial, a rua foi fechada e um médico veterinário acompanha toda a ação. O animal foi visto por um morador por volta de meio-dia, que acionou o Corpo de Bombeiros.