Venezuelano relata ciúmes e brigas constantes, mas nega ter matado ex-guarda
Cristian Alexander Cabeza Henriquez foi preso 30 minutos depois do crime e deu versões desconexas ao delegado
Preso 30 minutos depois do assassinato de Alliene Nunes Barbosa, 55 anos, o venezuelano Cristian Alexander Cabeza Henriquez, 44 anos, negou o crime em depoimento ao delegado Marcos Werneck Pereira. A vítima foi morta com 23 facadas na casa onde morava na Vila Sulmat, em Dourados, a 251 quilômetros de Campo Grande. Este é o 37º feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul, sendo o 5º de novembro.
RESUMO
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Venezuelano Cristian Alexander Cabeza Henriquez, 44 anos, foi preso após o assassinato de sua ex-esposa Alliene Nunes Barbosa, 55 anos, em Dourados, Mato Grosso do Sul. A vítima, ex-guarda municipal, foi morta com 23 facadas em sua residência na Vila Sulmat, sendo este o 37º feminicídio do estado em 2023. O crime ocorreu por volta das 23h20, quando o filho da vítima, de 9 anos, ficou trancado na casa com o corpo da mãe. Após conseguir escapar, o menino pediu ajuda a vizinhos. Embora inicialmente tenha confessado o crime à polícia militar, Cristian negou a autoria durante depoimento oficial, alegando apenas brigas por ciúmes com a ex-esposa.
Inicialmente, aos policiais militares, Cristian teria confessado o crime, segundo o boletim de ocorrência. No entanto, em depoimento oficial na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da cidade, ele negou o assassinato e relatou brigas constantes por ciúmes com a vítima, que era sua ex-esposa.
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Chorando muito, ele afirmou ter sido preso anteriormente, mas disse que não sabia o motivo. Cristian usava tornozeleira eletrônica e estava na casa da mãe, na região do Bairro Industrial, quando foi encontrado. Em certo momento do relato, o venezuelano foi questionado se Alliene havia se esfaqueado sozinha.
O homem negou que a vítima tivesse tirado a própria vida e chegou a citar o envolvimento de outra mulher, que seria vizinha de Alliene. Porém, não conseguiu explicar como tudo teria acontecido. Cristian ainda citou que a ex-esposa o ameaçava entregá-lo à polícia para ser preso novamente.
Ele afirmou, porém, que não tinha matado a ex-guarda municipal e que não estava fugindo da polícia quando foi encontrado na casa da mãe. “Não tenho nada a ver com o crime”, alegou Cristian no final do depoimento.
Sobre ter trancado o filho da vítima junto com o corpo de Alliene, o homem negou, mas deu novamente respostas confusas, dizendo “em outro cômodo”, ou seja, que havia deixado o menino em outra parte da casa. Cristian foi preso em flagrante por feminicídio.
23 facadas - Segundo o boletim de ocorrência, o crime aconteceu na residência da vítima, que é ex-guarda municipal, na Rua Romeu Martins de Almeida, por volta das 23h20. O filho de Alliene, menino de 9 anos, ficou trancado dentro da casa por aproximadamente 40 minutos, até que conseguiu pular o muro e pedir ajuda a um vizinho que acionou a PM (Polícia Militar).
Quando os policiais chegaram, o homem contou que o menino apareceu chorando, contando que o padrasto havia matado sua mãe. A equipe foi até a casa e arrombou o portão. Alliene já estava morta com várias perfurações.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Corpo de Bombeiros foram acionados e constataram cerca de 23 facadas na vítima. O menino foi levado por uma conselheira tutelar e os policiais fizeram diligências até encontrar o suspeito na casa da mãe, região da Vila Industrial.




